104 anos de Perdões: Perdões de muitos caminhos

1 de abril de 2017 11:47 1389

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Todos os caminhos da nossa querida cidade de Perdões, dão na Praça da Matriz do Senhor Bom Jesus dos Perdões.
Por todos os caminhos chega-se à Praça 1º de junho (Berimbau) e… ultimamente chega-se também a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Nova Esperança, por diversos caminhos. O caminho preferido de Toia, que dirige o carrinho de 2ª mão que comprei, é passando pela rua Beltrão Pereira, Cristino Pereira dos Santos, Caridade, sobe para Palestina e desce até chegar à Igreja.
O importante desse trajeto é que toda vez que entro na rua Cristino Pereira dos Santos me vem a memória o vulto de uma mulher, moralmente falando, era inteligente, corajosa, forte. Fisicamente, mais parecia uma menina de 12 anos. Frágil, miúda, bondosa, alegre, pela clara. Mais parecia um doce.
Nome desse doce. Anna. Com um apelido, que é o diminutivo de Nicota.
Nicotina. Na minha adolescência, quando lá passava, Nicotinha estava em uma das 7 janelas, tornando agradável, nossa passagem. Janelas daquele casarão enorme.
Até hoje esse casarão está lá. Bem conservado, lindo, com todas as janelas.
Uma mulher charmosa, bonita, como princesa dos contos de fadas, tem sempre a seus pés, um príncipe encantado.
E esse príncipe chegou.
Veio de Barra do Piraí, Rio de Janeiro e trouxe consigo o irmão. Vieram a negócios.
E como acontece até hoje, vieram, viram, gostaram e ficaram (em Perdões).
São eles. Ruy Loureiro, forte, bonito, caridoso, e seu irmão Fernando Loureiro, que pelo excelente físico era mais conhecido por Fernandão.
Ruy Loureiro deve ter passado, como passo até hoje, pela rua Cristino Pereira dos Santos e quis apreciar a bela casa de 7 janelas. O que ele encontrou?
Em uma das 7 janelas? Ele viu um doce. Doce? ou anjo?
Passou por lá muitas vezes até que conseguiu falar com a cativante jovem.
Namoraram e se casaram. Residiram sempre nessa casa (7janelas).
Dessa união vieram 2 filhos, José e Junia, que cresceram, brincaram, passearam, estudaram as primeiras lições, aqui mesmo.
José se casou com Marília e nunca moraram aqui.
Junia respondendo a uma pergunta minha disse que se casou com Pedro Paulo. E só.
Vou dizer mais. Júnia se casou com o Dr. Pedro Paulo Nunes de Alvarenga, engenheiro, que veio para Perdões, durante a construção da BR-381 – Fernão Dias, e se encantou com Júnia, pela simpatia, elegância, educação. Além de Júnia ter encantado Pedro Paulo, foi na adolescência, eleita “Rainha da Juventude de Perdões” e um evento. Se me lembro bem, foi em um aniversário de Perdões.
Dr. Pedro Paulo, tinha como motorista de seu carro, o Zé Piau, meu irmão, que tinha vindo da guerra e era funcionário do D.N.E.R.
Ficaram muito amigos. Por isso que o Pedrinho do Piau, se chama Pedro Paulo.
Júnia e Pedro Paulo tiveram 3 filhos. Ana Carmem, Felipe e Pedro Paulo.
Voltemos ao Sr. Ruy Loureiro que se dedicou ao trabalho de agropecuária, junto com o irmão. Fernandão se casou com Margarida Andrade e não tiveram filhos.
Ambos foram provedores da Santa Casa e se deram muito bem.
Fundaram com amigos que adquiriu aqui, o Centro Espírita Harmonia e Fé.
Acho que Ruy era um dos parceiros de D. Belica, no famoso jogo de baralho das noites em casa de D. Belica.
Júnia sempre acompanhou o marido, onde houvesse uma rodovia a ser construída.
Finalmente morou no Rio de Janeiro, onde cuidou da educação dos filhos.
Júnia é advogada, aposentada como Oficial de Justiça Avaliadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Voltou a morar na Terra que Romão Fagundes fundou “Para Todos”.
Que Deus nos dê a felicidade de conviver com ela, hoje e por muitos anos ainda.
Amém! Amém! Amém!


Por Alba Rezende Bastos (D.Iaiá)

 

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