106 anos de Perdões: Semana Santa, Brasil e Prefeito

15 de abril de 2019 13:44 1222

A semana Santa está chegando. E como diz Padre Mauro Passos, nosso conterrâneo, filho dos saudosos D.Cecília e senhor Adalberto, a Semana Santa, deve ser chamada ‘‘Encanto da Fé’’, porque ela resume toda vida de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, Rei do Universo, Pai (três vezes) Santo, Santo, Santo, Mártir do Gólgota, Redentor da Humanidade, Bom Pastor, que sempre nos traz o seu Reino, quando rezamos o Pai Nosso. Se cada dia temos o ‘‘Pão Nosso’’ é Ele que nos dá. Também é Ele que perdoa nossas ofensas e não nos deixa cair em tentação. Tudo isso acontece na Semana Santa, no Encanto da Fé.
Nestes dias, de 7 a 13 de Abril, estamos preparando para a grande parada do Encanto da Fé. É o Setenário das Dores de Nossa Senhora. Dois dias de Setenário já se passaram. Assisti, ou melhor, participei dos dois.
Tanto as homilias de Padre Rogério como as exortações das jovens, sobre Nossa Senhora, feitas com devoção, abalaram nossas estruturas espirituais, como não planejar, como não seguir o que disseram eles? Se foi para nosso bem?
Hoje, amanhã, depois de amanhã e até dia 13, ouviremos outros conselhos baseados na vida da Santa Mãe de Deus.
Emocionantes! Sagrados! Benditos!
Cheios de graças! Encantamento! Estavam as orações proferidas.
Como estava leve e agradável ouvir a ‘‘Profecia de Simeão’’, ‘‘A fuga para o Egito’’. Louvado seja Deus pelo seu Filho Jesus, Rei do Universo, Príncipe da Paz que dê Paz ao mundo e muito em particular ao nosso amado Brasil. Amém!
Por falar em paz para nosso querido Brasil, lembrei-me que dia 22 de abril, ele fará aniversário. 519 aninhos. É muito novinho nosso Brasil. Novo e forte! Seu povo cheio de amor e fé, tem o dom de querer o bem e possuí-lo. Sabem? Gosto tanto, tanto de uma poesia sobre o Brasil, já escrevi, aqui, em minha coluna sobre ela e não tenho vergonha de repetir mais uma vez com todo entusiasmo e amor no coração.

Brasil. Contam fadas que nasceu ,no dia 22 de abril, vejam lá se adivinham – quem nasceu foi o Brasil!
E foi logo batizado – para não ficar pagão.
Por um frade muito santo – que fincou a cruz no chão.O padrinho foi um rei – muito forte e rico, então, a madrinha uma santa – a virgem da Conceição.
Foi uma festa tão bonita – que ninguém sabe contar. Cantavam anjos no céu- cantavam as ondas no mar.
E o menino foi crescendo – desde os dias de Abril. Hoje. A pátria que amamos- Viva, viva o Brasil!

 

Tenho a mania de enquanto escrevo uma coisa, estou lembrando de outra. Aconteceu agora. ‘‘Nada acontece por acaso’’, digo sempre.
Lembrei-me que na lista de Prefeitos de Perdões, existiu um, o 9º(nono) que também nasceu em abril, dia 15, no ano de 1902, portanto mais novo que o Brasil 402 anos. Nasceu na comunidade de São Domingos. Filho de João Mendes Rosa e Antônia Maria da Conceição. Teve 5 irmãos. Inteligente e esperto, tratou logo de cuidar de seu futuro. Com 12 anos de idade veio para Perdões, em busca da melhor instrução e trabalho. Hospedou-se com a madrinha Belica. Que apreciava e o queria muito bem.
Estudou no Externato Gomide do grande mestre senhor Juquinha. De posse de mais saber foi em busca de trabalho. Começou como balconista em armazéns e lojas. Adquirindo maturidade no comércio, foi ao encontro de seu próprio negócio. Optou por exportação de fumo e fabricação de polvilho. Adquiriu terras próximas de Perdões. (Um aparte) Hoje essas terras não são próximas de Perdões, são partes de Perdões. São: Posto Regina, Bairro Chácara Bela vista, onde estão a Igreja Sagrada Família, a Escola Edmundo Rezende, a Quadra da Chácara Bela Vista, que frequentemente a igreja usa para as festas maiores.
Na vida política foi prefeito de Perdões em 1947. Mesmo por tempo limitado não descuidou dos propósitos de um bom prefeito.
Na vida social e familiar, ele era Júlio Geraldo dos Santos, casado com Modestina Faria dos Santos mais conhecido por Dona Titina.
Um casal ímpar. O que ele gostava de fazer, Titina também gostava.
Na ajuda aos carentes, eles estavam sempre juntos. Eu tive o prazer de fazer, com eles, D.Belica, D.Licinha (avó Alice Sandra), D. Elvira, D.Marina, D.Ana Rezende, na L.B.A, ao procurarmos no pós-guerra, voltar o Brasil no que era antes da guerra. Um país de ‘‘ordem e progresso’’. Conseguimos.
Júlio Geraldo e Titina deixaram 2 joias para enfeitar Perdões, a terra sagrada do Senhor Bom Jesus, iniciada por Romão Fagundes: João Júlio e Maria Regina.
Érica, Valéria, Renata e Juliana, são netas de Júlio Geraldo. E elas já deram alguns bisnetos à família perdoense.
Muitos dos que mencionei aqui, estão gozando das delícias eternas, no céu.
A nós, que estamos vivos, desejo saúde, paz e muito amor.
Que no ‘‘Encanto da Fé’’, rezemos, meditemos e realizemos a vontade de Deus.
Amém! Amém! Amém!
Em tempo: Paulo Lopes, a parte referente ao Brasil, dedico a você. Tá bem?


Por Alba Rezende Bastos – Dona Iaiá

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