Água de chuva não é esgoto

25 de julho de 2016 11:21 1794

Uma das atitudes mais comuns na hora de conectar a parte hidráulica de uma edificação à rede pública é interligar as tubulações que escoam água de chuva à rede coletora de esgoto. Essa prática é proibida por lei, pois pode ocasionar desde entupimentos até o refluxo nas vias públicas e residências. Além disso, se a água da chuva for conduzida juntamente com o esgoto, ocorre o aumento desproporcional do volume a ser tratado em uma possível ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), o que gera dificuldade no processo.
Entendendo a diferença
Normalmente as águas que escoam pelo telhado, calhas e jardins devem ser canalizadas para a sarjeta. Das sarjetas vão para as bocas de lobo e posteriormente para as galerias pluviais.
Esse recurso, no caso as águas pluviais, é levada diretamente para os rios, córregos e outros mananciais hídricos, pois não precisa passar por tratamentos específicos para voltar à natureza. Atualmente, existem boas alternativas para o seu aproveitamento com sistemas simples de captação. Um dos meios mais usuais é a utilização de calhas, que captam a água da chuva, direcionando-a num primeiro momento a um filtro seletor; separados os resíduos, como folhas e impurezas, a água é armazenada em um reservatório (cisterna) para a utilização em descarga, limpeza, uso na máquina de lavar entre outros. Essa atitude pode ser muito vantajosa, gerando uma economia de até 50% na conta de água.
Já os esgotos do banheiro, lavanderia, cozinha e lavabo devem ser direcionados para a rede coletora e depois para uma ETE. Para garantir o bom funcionamento da rede de esgoto é importante não jogar lixo no vaso sanitário (papel, cabelo, plástico e outros), limpar periodicamente a caixa de gordura e não descartar óleo de cozinha no ralo da pia, pois esses materiais entopem a rede e poluem o meio ambiente.
Faça uma checagem em sua residência.
Verifique se existem duas tubulações separadas: uma para o esgoto e uma para a água de chuva.
Se a tubulação não estiver adequada, regularize-a o quanto antes.


Sabrina Bastos Teodoro – engenheira civil

Compartilhe este artigo