Jovem perdoense atuou como voluntário nas Olimpíadas Rio 2016

29 de agosto de 2016 13:44 2591

Na edição de 30 de julho de 2016 publicamos a entrevista com o jovem perdoense Linikyer Weyller Phelipe Pereira que no dia 29 de julho viajou para o Rio de Janeiro onde atuou como voluntário na função de Assistente de Treinamento no Centro Olímpico de Hipismo.
Ao retornar, a reportagem do Jornal VOZ o entrevistou para que ele contasse sobre essa experiência.
Jornal VOZ: Você realizou o seu sonho de ser voluntário nas Olimpíadas. Foi como você imaginou ou superou suas expectativas?
Linikyer: Bom, realizei dois sonhos que era conhecer a cidade do Rio de Janeiro e participar de alguma forma da Olimpíada no meu país. Durante os 10 dias conheci belas praias como Copacabana, Leblon, Ipanema e vários outros locais do Rio. Agora nos lugares dos jogos, me surpreendeu e surpreendeu a todos que trabalharam, em questão de segurança, estrutura, nível da competição e a grande quantidade de voluntários do exterior. Teve alguns contratempos no hipismo que foram reajustados na última hora, como por exemplo, pequenos equipamentos que foram comprados na última hora por algumas delegações. Mas isso não atrapalhou de forma alguma as competições de hipismo (Salto, Cross Country , CCE e adestramento) dentro do Centro Olímpico de Hipismo.


Jornal VOZ: O que representou para você conhecer pessoas de outros países e outras culturas?
Linikyer: Eu fui para a Olimpíada passando pelo um treinamento online com várias etapas em Inglês, como já tinha feito três anos de cursinho, isso me ajudou na comunicação.
No centro Olímpico havia quatro arenas para treinamento onde era obrigado ter : um ferrador, um veterinário, dois voluntários e um responsável da pista. Às vezes você trabalhava com uma pessoa de cada país ou de outro estado do Brasil, então você escutava inglês, espanhol e diferentes sotaques brasileiros. Era interessante, pois nos últimos dias os estrangeiros já começaram a falar algumas palavras e frases da nossa língua como: bom dia, obrigado e outros. E sempre discutindo sobre clima, alimentação, a famosa caipirinha , e as diferenças de sotaques nosso país. Enfim essa troca de cultura foi muito constante e prazerosa para mim.
Jornal VOZ: Trabalhar, descansar, lazer, você se adaptou bem a essa mudança de hábito nesses 10 dias?
Linikyer: Eu nunca tinha ido ao Rio, lá eu trabalhei em um clima fechado e chuva e outros dias de sol quente com uso do protetor solar (mudava muito). Gastava um ônibus e um trem para chegar ao Centro Olímpico, era muita gente na rua da cidade junto com os turistas.
Eu chegava em Campo Grande (bairro) às 18h, tomava um banho e saía novamente: músicas ao vivo, shopping, cinema e shows em quase todos os dias. Acordava no outro dia às 6h30 para trabalhar. Tive duas folgas que me ajudaram muito para conhecer as praias. Porém foram 10 dias muito intensos, onde dormi pouco, mas esforcei o máximo para aproveitar cada segundo, cada lugar e cada amizade feita e não arrependo nenhum pouco desse esforço.
Jornal VOZ: Você – antes e depois das Olímpiadas.
Linikyer: Primeiro agradeço a Deus pela proteção e coragem, pelas pessoas que apoiaram e também pelas que achavam que isso era bobagem ( essas que me deram mais forças ainda) e agradeço também ao Jornal VOZ pelo espaço.
Antes dos jogos eu tinha pouco contato com outros povos, e duvidei muito da capacidade do Brasil. Tive medo de chegar perto das expectativas que foram apresentadas.
Mas depois dessa experiência aprendi que o mundo dá para viver em união e paz com tantas diferenças, aprendi que o povo brasileiro tem um sorriso e um carisma que nenhum outro povo consegue ter, aprendi que o mineiro é quieto e humilde perante outras culturas. E que o mundo mudou olhar do Brasil, pois mostramos que nós fazemos muito mais que festas e carnavais; que a gente tem tudo para ser uma potência mundial em vários aspectos, mas com muitas mudanças e com a força da juventude.
Nós brasileiros precisamos conectar-se mais com o mundo, estamos muito isolados e a hora é agora.
Por fim eu digo “ não devemos ensinar nossas crianças a escolher um partido político, mas sim o Inglês, para que elas possam rodar o mundo conhecendo culturas e trazer novas ideias para o nosso país, transformando em um Brasil melhor”.
Obrigado e que venha os jogos do Japão!

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