Que pena! Terminou ontem uma das festas mais tradicionais, ou melhor a mais tradicional, comentada, mais popular e mais “católica” da Igreja Católica. Semana Santa!
Somando os 7 dias do Setenário de Nossa Senhora das Dores, são 15 dias de festas. Como é que podemos chamar festas, se esses dias são os que mais sofreu Jesus Cristo?
Sem esse sofrimento, sem o julgamento indefeso, sem a flagelação, sem a cruz e sem a morte de cruz, entre dois ladrões, não haveria Ressurreição.
E a Ressurreição de Jesus é a nossa própria Ressurreição.
Ressurreição é a festa da Paz, da Alegria; é festa para o coração e a alma.
Festa para o Amor, para a Fé, a Esperança e a Caridade.
Ressurreição é o exemplo que o Senhor Jesus nos dá, em sua humildade. Ressurreição da alma. Estava velha e ressurgiu nova.
Ele, o Rei do Céu e da Terra, se comportou com tamanha humildade, que pediu ao Pai, que perdoasse aqueles que O maltratava.
Por tudo isso, é que chamamos de festa esses 15 dias. Duas festas ao mesmo tempo? Por que duas?
Porque agora, temos em Perdões quase duas Paróquias. Estamos divididos.
Os católicos da Região Pastoral Nossa Senhora das Graças demonstraram que estão preparados para carregar a grande responsabilidade de uma Paróquia.
A Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Perdões, desde 2009 está sob a responsabilidade de Padre Adenir, que sabe conduzí-la.
Como já disse em outro texto, nem sol, nem chuva, nem frio, nem calor, impedem Padre Adenir de cumprir seu dever sacerdotal.
A outra Paróquia que está em formação, e como a Igreja Católica do mundo inteiro é regida pelo Espírito Santo, esse mesmo Espírito Santo, dirige ao Papa (nosso Francisco), ao Bispo Dom Miguel, a notícia que estavam esperando, um Jorge . E esse Jorge chegou. Rapaz novinho! Vindo de Cana Verde, sua terra natal, fez aqui seu Diaconato. Foi aprovado, observador. Piedoso. Fé incondicional na Santa Cruz.
”A Cruz Sagrada seja minha luz” – é o seu lema, e tem sido cumprido. Trabalhador, tem percorrido o caminho que Deus reservou para ele. Também, como Padre Adenir, nem sol, nem chuva, nem calor, nem frio, impedem Padre Jorge de seguir com muita fé, muito amor, o seu trilhar sagrado. Sua alegria e comunicabilidade, fazem dele, grande amigo de todos.
Vendo esses dois sacerdotes em seus serviços paroquiais, nós, os mais antigos moradores de Perdões, nos lembramos com saudades e agradecidos: Padre Pedro ( o primeiro do meu tempo), Padre José Inácio, Padre Nagib, Padre Nelson Rezende, Padre Tadeu, Padre Miguel, Padre Vanir, Padre Tiago, Padre Josalan. Todos nos deixaram bons ensinamentos e muita saudade.
Conterrâneos que nunca foram de nossa Paróquia, mas que se colocam à disposição quando precisamos deles: Padres Mauro, Paulinho, Rogério e Wagner.
Ao mencionar Padre Pedro e Padre Nelson, meu outro pensamento foi para o Sr.Balbino, sacristão e amante do Santíssimo, Sr.Fanuel, Sr.Souza, Altamiro, Joaquim Teodoro, Tio Juca, Tio João Lopes, Horácio Belo, D.Belica do Cerrado, D.Cocota (armônio), D.Judite (flores), D.Madalena com seu vestido de veludo lilás, D.Gabriela fabricava as hóstias que depois seriam o corpo de Cristo. São pessoas valiosas que hoje estão no Céu, promovendo a Semana Santa lá.
Fiz o propósito de “não perder nada” da Semana Santa e cumpri. Revezava. Assistia uma cerimônia aqui, na Paróquia de Padre Adenir, outra cerimônia na Paróquia de Padre Jorge.
Qual a melhor? Empate. Qual a mais bonita? Empate. Qual a mais concorrida? Empate. Qual a mais liturgicamente preparada? Empate.
Fiquei contente com tantos empates.
Sinal de que tudo está indo bem, em nossas Paróquias. Compreensão, pontualidade, silêncio, alegria nos momentos previstos.
Não esperava, mas foi uma festa os meus 95 anos de existência.
Depois de uma missa muito bem celebrada, presidida por Padre Jorge, auxiliado por Padre Wagner, fomos almoçar no Mirante. Alegre, saudável, com meus 10 filhos, netos, bisnetos, amigos que me presentearam e Padre Jorge, o amigo desde sempre.
Um dedinho de prosa com Chiquinho do Beco, para lembrar amigos que já se foram.
Até uma equipe de atletismo do nosso Cruzeiro estava lá. Fui saudada por eles.
Beijos para Luzia e Toco, que em Uberlândia, não deixam de ler o VOZ e gostam das notícias que dou e que relembro. Por telefone, facebook ou cartões, agradeço a todos meus amigos.
Espero que não se esqueçam que de 12 a 16, teremos na quase Paróquia, festa de São Jorge. Preparem seus cavalos e camisetas para o dia 16.
Senhor Bom Jesus e Nossa Senhora das Graças, abençoem todos os perdoenses e todos amigos de Perdões.
Amém! Amém! Amém!
Por Alba Rezende Bastos (D.Iaiá)
