Foi assim que terminei minha última coluna na semana retrasada, 16 de janeiro, porque na semana passada não escrevi nada pelo motivo de inflamação no olho direito.
Retorno ao que disse porque desejo falar mais um pouquinho sobre Adélia Prado. Quem muito a aprecia e fala sempre dela, nos livros que escreve ou nas pregações que faz, é Padre Fábio de Melo. E é nessas ocasiões, que aproveito para conhecê-la. Modelo de vida. Exemplo de mulher. Fala o que quer, sempre o certo. Religiosa. Católica. Escritora e poetiza ultra-moderna. Leio retalhos daqui e dali, e me sinto agraciada.
Adélia é 14 anos mais nova que eu, com uma experiência como se fosse os mesmo 14 anos mais idosa.
Adélia é como uma árvore, germinando desde o tronco, galhos, hastes, folhas e flores tornando essa árvore cheia de encantos e ensinamentos.
Ontem, 2ª feira, 25 de janeiro, fiz uma, não sei se viagem ou passeio.
Viagem porque saí daqui para ir ao médico em Alfenas. Passeio, porque, aproveitei e fiz o que mais amo. (Quase escrevi adoro). Não pode. Adorar só a Deus. Amo apreciar paisagens. Ela está exuberante, linda.
Meu costume é apreciar o que é belo. E beleza havia de sobra.
Pastagens verdinhas, frescas, porque Deus permitiu que a chuva celebrasse esse prodígio… Em uma delas, o gado de raça branquinha, saboreava os brotos fresquinhos.
Em um alagado, bem próximo desse espetáculo, nos deparamos com outro de singular beleza. O céu azul, azul mesmo, refletia, sereno e majestoso nas águas claras do alagado. Para completar tanta beleza, um arbusto de flores amarelas (não é ipê) compunha o quadro para uma foto inesquecível da natureza.
Certa vez em uma crônica, que envolvia o Sul de Minas, eu disse: “Toda beleza natural do Brasil, se transforma em nossa Bandeira”.
Verde – da pastagem.
Amarelo – da flor, que não é ipê.
Azul – do céu refletido no alagado.
Branco – dos animais presentes no local.
Como alguém já disse que coloco “exagero” nas coisas que escrevo vou tentar não exagerar, mas calculo que a Ponte das Amoras, na represa de Furnas, entre Campos Gerais e Alfenas, que é outro espetáculo construído pelo homem, tenha lá seus mil metros de comprimento, olhando do princípio da ponte, as laterais se encontram lá do outro lado! Gostei de passar nela. O lugar é lindo! É turístico.
O restante da paisagem são as plantações de café – eucalipto, eucalipto – café a perder de vista.
Não quis escrever cafezais para não perder o sabor da poesia. Onde está a poesia?
Como falei em ipê, aqui em nossa região, os ipês são, em maior quantidade amarelos, e nascem de propósito à beira das rodovias para serem apreciados.
Na viagem que fiz, descobri que os ipês de lá se chamam quaresma, ou quaresminha e são de um roxo forte e vibrante. São lindos também. O nome vem do tempo. Quaresma – entre Carnaval e Semana Santa.
Deste passeio, mais ou menos obrigado, tive como preocupação maior, medir com os olhos, altura, espessura das árvores, para realizar um sonho. Antigo, meu. Recente, de Padre Jorge. A cruz, ou melhor, o Cruzeiro na Serra dos Montes.
Daqui, de nossa Perdões tão amada, e agora tão maltratada, só encontrei umas 4 ou 5 árvores, como pretendo, em Santana da Vargem, bem em frente a estátua da Santa. Na Lagoa tem a árvore, na medida exata.
Falar em Santana da Vargem, é lembrar Alexandre Rafael, o primeiro locutor da Rádio VertSul. Inconfundível.
Últimos dias de janeiro. Fevereiro chega trazendo mais ruídos e alegrias, pelas ruas da cidade.
Volta às aulas. Tudo novo, cadernos, livros, outras escolas, outros professores.
“Deus seja louvado por termos escolas e professores que, além de aplicarem o currículo previsto, dedicam a Deus, momentos importantes de Evangelização, porque pela Misericórdia do Pai, a Fé está no ar”!
Amém! Amém! Amém!
D.Alba Rezende Bastos (D.Iaiá)