104 anos de Perdões: ”Maria das Graças visita sua paróquia”

29 de agosto de 2016 13:07 1948

Manhã chuvosa de domingo (graças a Deus). Chuvinha serena, branca, leve, como se, aos meus olhos, parecesse uma cortina alva como a neve.6
A rua estava branca. As casas estavam brancas, os carros e as pessoas que caminhavam de lá para cá, estavam brancas.
9 horas. Tóia, eu e as “balas” rumamos para a Matriz da Paróquia de Nossa Senhora das Graças – recem criada.
Fui pesquisando a natureza. A primeira árvore que encontrei em nosso caminho, foi uma unha de vaca, no famoso barranco, toda cobertinha de flores branquinhas, como se fosse uma noiva à espera do futuro esposo.
Meu Deus! que milagre o Senhor operou nesta manhã! Com a chuvinha que estava quase terminando, fui olhando árvore por árvore. Quase todas floridas: brancas, rosas, roxas e predominando o amarelo dos ipês.
No sábado, o “Grande Dia”, tão trabalhado por Padre Jorge, foi criada a nova Paróquia.
Espetáculo (não sei se essa palavra é própria para a grande festa religiosa, que seria realizada às 15h e que só terminou às 19h.)
Espetáculo surpreendente! Momentos de arrepiar e sentir o coração pulsar mais fortemente. Parecia que todos os anjos do céu, estavam ali, na Quadra da Chácara Bela Vista, para receberem a Santa Mãe de Deus, Senhora das Graças, que chegou tão linda, tão linda mesmo, descendo alguns degraus, parecia estar chegando do Céu.
“Oh Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”
Não sei calcular o número de cadeiras. 500? Ou mais? Não sei. Todas revestidas de branco. Uma nuvem de pureza.
Flores, como sempre, em todas as celebrações religiosas, não faltaram.
Enquanto esperávamos a procissão, conduzindo a Virgem, as pessoas que lá estavam, congratulavam-se. Tive a grata satisfação de conhecer pessoalmente D.Carminha. Senhora simples, amiga, educada, carinhosa, boa prosa. Fomos fotografadass juntas e ela sorrindo concordou: a escritora e a leitora.
Conheci, também, a Aninha, jovem brilhante que apesar de sua impossibilidade de caminhar, está sempre sorridente, de bem com a vida. Deus a abençoe, Aninha. Um beijo.
Para se ter ideia da grandiosidade e beleza da quadra transformada em igreja, só mesmo consultando a internet: Arithuza, Roseania, facebook Maria José, Emília, Quase Paróquia, Padre Adenir.
Terminada a Sagrada Eucaristia e os ritos da Criação da Paróquia, houve o café comunitário. Chique e gostoso mesmo.
Dom Miguel, que já foi nosso Pároco por alguns anos, é muito querido por nós todos e ele se lembra de todos, também. Boa memória ele tem. Também, o Espírito Santo habita nele.
Padre Vagner Douglas, amigo de Padre Jorge desde os tempos de seminário, estava presente para rezar com a gente pela Paróquia Nossa Senhora das Graças.
Seminarista Iury, uma delicadeza de jovem, também, veio prestigiar esse dia de amor e Fé.
Padre Rogério, nosso conterrâneo, estava lá, com seu sorriso largo – seu cartão de visitas.
Muitos outros padres e seminaristas também, estiveram aqui, nesse dia.
Notaram, os meus leitores, que estou escrevendo hoje, começando do último acontecimento para depois falar do primeiro?
A festa do glorioso Mártir São Sebastião? O nosso querido São Sebastião, na escala dos Santos prediletos dos perdoenses, é o 2º, porque o 1º é Senhor Bom Jesus dos Perdões, nosso Padroeiro e Protetor.
Participei de 6 dos 9 dias de novena. Muito bem preparados.
No dia da festa 15 de agosto, Tóia veio até ao meu quarto, me chamar, para irmos à missa.
Em vez de ir a igreja, fui para o hospital. Passei o dia no soro.
De tardezinha, aprontamos nossas janelas e alpendre, para esperar a Procissão, que não aconteceu.
Sentimos não tê-la. Mas, Padre Adenir já havia pedido a São Sebastião que nos mandasse chuva. São Sebastião atendeu bem na hora da Procissão.
Os Santos de Deus estão sempre presentes e atentos às nossas necessidades.
Senhor Jesus, abençoe a Paróquia Nossa Senhora das Graças.
Senhor Jesus, abençoe os habitantes da Paróquia, Nossa Senhora das Graças.
Senhor Jesus, abençoe o Pároco da Paróquia, Nossa Senhora das Graças – o muito jovem sacerdote Padre Jorge.
Amém! Amém! Amém!


Por Alba Rezende Bastos (D.Iaiá)

 

Compartilhe este artigo