104 anos de Perdões – Re vitalizar e Re lembrar

5 de setembro de 2016 10:12 1595

Como sempre acontece, dou minhas notícias ocorridas pela manhã. Sábado passado (27) foi assim, não fugi a regra. Fui a Praça da Matriz para participar do plantio simbólico das flores diversas.
Foi uma manhã alegre. Crianças e adultos estavam lá, a esperada da mudinha que daqui 4 ou 5 meses estarão embelezando o jardim da praça, que estava, pode-se dizer, agonizando.
Revitalizar o jardim, quer dizer, dar vida, torná-lo novo.
Apenas, 2 das mais antigas apreciadoras que desfrutaram do jardim por mais tempo, estavam presentes.
Laura do Zé Ramos, mãe de Nair, Janete e Elizabeth e eu.
Aí, fomos falar de nossas saudades. “Saudade palavra doce, amarga pra nosso amor / saudade como se fosse/ espinho beijando a flor”.
Dos passeios no jardim, entre os anos 30 e 50, mais ou menos.
Falamos dos cuidados que tínhamos com as plantas e os canteiros. Ninguém se atrevia a tocar em uma flor!
Passeávamos assim.Senhoritas iam pela direita e jovens pela esquerda. Dava para encontrarem 2 vezes, em cada volta.
Todas e todos tinham pelo menos um flerte. Sabem o que é isso? Namoro passageiro.
Prometi ao prefeito Fernando, a Leda esposa do Zinho, a Maria do Socorro e aos que estavam na prosa, que daria pelo menos 15 nomes de moças que faziam o promenade, naquele tempo.
E pelo menos 35 rapazes. Errei na conta. 35 contando Três Corações, Lavras, Campo Belo, etc.
Vou recorrer ao meu álbum de fotos. Ana Rezende, Conceição irmã de Dr. Artur, Marina, Nilza, Bezamat, Natália, Silvia.
Em outra foto. Elza, Eunice, Bem, Mulata, Dilza, Nair, Iche, Delba e Eu. Mais uma foto. Todas tiradas no jardim. Dalva, Maria Izabel, Delza, Lucia, Maura, Célia, Dilza e Maria.
Carmém e eu. A página das meninas está encerrada. Vamos aos jovens.
Somente os que tive mais convivência e não são 35. Uns 12.
Nininho Tavares, no tempo: Quer namorar comigo?
Ernani – descendente de português. Muito branquinho.
Floriano, de família perdoense residia no Rio de Janeiro, passava férias aqui. Comunicativo.
Nos meus 13 – 14 anos, antes de ir para o Colégio interno.
Nelson apreciava um belo cavalo e passava na minha rua, muitas vezes.
Pedro, sorridente. Domingos, charmoso, Antônio João, cadete do Exército. Nossa camurça. História Antiga.
Um amor de namoradinho, se chamava José Couto Filho, soldadinho da Polícia, ficava no jardinzinho da Prefeitura (hoje Biblioteca) para me ver ir trabalhar no Colégio Dom Bosco.
Em Campo Belo, onde estudei 3 meses para prestar exames. Dalton, simpático; Petito, convencido. Dizia namorar toda menina que ia em Campo Belo.
Omar Ribeiro, sério, inteligente, atraente, estudante de odontologia. Boa companhia.
Chegou o tempo de ir para o colégio, interno. Três Corações. O melhor tempo da vida, alegre, estudiosa, despreocupada, turma boa de conviver.
Estação. Trem noturno. Passava aqui a 1 hora da madrugada.
Lá estava o Ivo, para se despedir de mim.
Viagem de 6 horas. Lalau, com seus olhos verdes, mais tarde azuis e as 7 horas despedida com os olhos já castanhos.
Durante os 3 anos que lá estive, namorinhos de janela ou na Santa Missa (que pecado, gente).
José Rezende, Expedito, Alaor, Egidio, Evaristo, Zé Sobrinho (foi prefeito lá), Cabo Orlando do 4º R.C.D. (hoje E.S.A.) nascido em Macaia. Acho que é por isso que gosto tanto de Macaia. Helinho de Três Pontas.
Meu grande amor enquanto estudava, Nilo. Em uma foto ele escreveu: “Albinha, o mundo é muito grande, mas nós o faremos pequeno”. Frase muito usada e quase nada atendida.
Esses 3 anos de estudo se passaram tão rápidos que quase não percebi.
Voltei professora. Colégio Dom Bosco e Otaviano Alvarenga. Orgulho-me deles.
Acho que eu tinha juízo, mas não o usava.
Agora estava séria, Professora tem que dar bons exemplos.
Zezé, cantava as músicas que ele mesmo compunha. “Nilo és, 2 de quem Iaiá fala demais” ao ciúme!
Se o circo estava na cidade, tinha Carequinha.
Júlio me fez um acróstico.
A ela Anjo de meus amores / Lembranças tinha de ti / Boneca cheia de cores / Adoro-te La e aqui / Riso, tristeza, saudade / Esperança carinho, amor / Saem de tua bondade / Este cenário e cor / Note por caridade / Desalento, ódio, vigor / Esperança, carinho, Amor…
Perdões, 1941.
Geraldinho cantava assim. (pra mim, é claro) (Procurei tanto, tanto, mas encontrei minha amada. É por isso que canto, está em festa minh’alma apaixonada!”
Adorei. Gostei. Muito bom.
Lembra dele, Maria Regina Santos.
O último. Na vida sentimental temos 3 amores. O primeiro, o grande e o verdadeiro.
O verdadeiro e último foi o Zé. Zé Bastinho. Bem diz a Escritura Sagrada. “O último será o 1º. E foi.”
Ah! Me lembrei de 2 meninos de Rezende Costa, mas esqueci os nomes. Um deles me enviou um pião, porque me viu brincando com o de uma criança. Rezende Costa foi onde Padre Pedro nasceu.
Meu balanço meninas 23 meninos 32.
Desculpem-me. Os 3 que faltam não me lembro.
Lembrei de mais um. Zé Garcia de Nepomuceno.

7
Linda, linda, linda, empolgante, maravilhosa, foi a festa do Moto Clube. Os motociclistas estavam comovidos. A Virgem Senhora das Graças esteve nos braços fortes de alguns, e depois com Padre Jorge, caminhou pelas ruas de nossa cidade.
Bênçãos não faltou.
Depois da Procissão o almoço.
Que Deus continue estar sempre perto de todos que O procuram.
Cavaleiros, motociclistas, motoqueiros, caminhantes.
Amém! Amém! Amém!


Por Alba Rezende Bastos (D.Iaiá)

 

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