O primeiro emprego para jovens, adolescentes e para as mulheres
As eleições Municipais 2020 trouxeram um novo comportamento entre os cidadãos.
Se na última campanha e eleição para presidente, deputados e senadores a internet teve a sua força e importância na comunicação, informação e politização de muitos cidadãos, agora na Eleição Municipal 2020 e com o distanciamento social devido a pandemia do coronavírus, os diálogos, conversas, mensagens, fazem parte da vida de muitos cidadãos e cidadãs, que ficam horas nos grupos.
Os grupos de WhatsApp, mostrando candidatos, eleitores, expondo suas ideias e preferências por esse ou aquele candidato tem ocupado muitas horas das pessoas que comentam por escrito, por áudio e vídeo – trocam e somam mensagens.
Fui adicionada em dois grupos referente às Eleições 2020 na cidade de Perdões e em ambos surgem temas, assuntos de interesse comum, além de bate papo sobre assuntos corriqueiros.
Jovens candidatos apresentam seus projetos bem organizados assim como candidatos e candidatas de todas as idades.
Mas no dia 13 de outubro um assunto chamou a minha atenção, quando às 18h30min, um jovem do grupo que sempre coloca alguma coisa com humor e inteligência, brincou que seria candidato da próxima vez e escreveu ‘‘Vamos dar aos jovens o que eles precisam – educação, ensino de qualidade’’.
Nisso uma das administradoras e criadora do Grupo, acrescentou à sua escrita ”Serviço também”. Logo outro jovem acrescentou ‘‘Serviço tem viu, mas muitos não gostam de trabalhar’’.
Uma das administradoras do grupo acrescentou ‘‘Mas para adolescente, não tem igual antigamente’’.
Alguns inclusive candidatos, contaram no grupo que começaram a trabalhar muito novos.
Mulheres observaram que muitas lojas e empresas não contratam pela competência, mas só pela aparência.
E ficou uma interrogação sobre a falta de vagas para o aprendiz. A oportunidade do primeiro emprego.
Há tantos adolescentes que querem trabalhar, mas não encontram essa chance.
O mesmo jovem que iniciou a conversa destacou que tem oportunidades em outras cidades, no que foi questionado que a maioria não quer sair daqui.
Aí fazemos a pergunta:
O que as empresas precisam para dar oportunidade do primeiro emprego?
Por que uma pessoa ainda é discriminada devido à sua orientação sexual?
O que prefeito e vereadores podem fazer de projeto que incentivem essas empresas de pequeno e médio porte a contratarem esses jovens?
As eleições estão ai, e o que os eleitos e reeleitos podem atuar em benefícios desses jovens?
Educação é fundamental, mas a honra de trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro não tem preço.
Vale destacar que durante os comentários também se questionou por que as mulheres não são contratadas para serviços que são executados pelos homens, como funções na construção.
Uma delas, mãe, mulher e amiga de opinião, troca pneu na borracharia que tem com seu marido e ensina ao filho a dignidade do trabalho.
Sabemos que já trouxeram muitos cursos de qualificação em nossa cidade, mas que tal nos próximos cursos de elétrica, pedreiro, mecânica as mulheres estarem aprendendo lado a lado com os homens?
Que tal as empresas contratarem mulheres e homens que independente da sua aparência, orientação sexual são aptos, capacitados?
O esporte tem um papel preponderante na vida dos jovens e sabemos que há ações nesse sentido, mas pode- se fazer mais, buscar mais no setor estadual e até federal.
Estejamos atentos a tudo isso.
Eu só acredito na felicidade que gera a felicidade de outro através de ações simples e duradouras. A frase ‘‘O trabalho dignifica o homem’’ tem muito sentido.
Se a sua empresa trabalha 12 horas por que não contratar funcionários com dois turnos?
Incentivo às empresas.
Empresas que vejam a contratação de mão de obra como investimento e não despesa.
Trabalho é digno mesmo – vale destacar um dos jovens que com a namorada comprou um carrinho e vendia cachorro-quente, vestia de super-heróis e animava festas, outro foi trabalhar em São Paulo e aos 10 anos já montava barracas na feira. Outro ainda foi apanhar café na adolescência.
Hoje não pode, a lei que rege o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente não permite.
Então, incentivo de cursos, esporte e lazer até os 16 anos e nessa idade toda empresa deveria dar oportunidades do primeiro emprego.
Que os avaliadores para contratar dentro de seus departamentos de recursos humanos tenham a sapiência de ver a beleza e capacidade interna de quem realmente quer trabalhar!
Que as empresas e os políticos mudem a realidade de Perdões.
Agradeço aos envolvidos nesse grupo de whatsApp que independente de suas preferências políticas, discutiram temas de relevância: contratar jovens sem experiência de trabalho. Mulher pode ser o que ela quiser, inclusive na profissão.
Prossigamos!