Júnior Lima – superando limites com fé e compromisso

6 de março de 2016 12:49 2833

Venino de Lima Júnior, mais conhecido como Júnior Lima, perdoense, nasceu no dia 31 de dezembro de 1994, filho de Venino Marciano Rondon de Lima e Rosana de Lourdes de Lima, irmão da Dauan e da Venimar.
Esse jovem de 20 anos traz no seu currículo medalhas e troféus que ganhou em competições de Jiu Jitsu.
O pai de Júnior é faixa marrom no jiu jitsu de professor dessa arte marcial, mas também esporte e condicionamento físico.
Um jovem que encontrou o rumo certo para a sua caminhada através do esporte. Ele destaca que seu pai ficou durante dois anos tentando levá-lo para o jiu jitsu.
Recentemente Júnior fez uma ação entre amigos para poder viajar e participar do Campeonato Europeu, conseguiu algum valor, mas por faltar R$900,00 não pode viajar e participar desse grande campeonato.
Atualmente ele mora em Varginha, atleta do Instituto Lutar há 9 meses. Mora e treina na academia.
A entrevista foi na sala de sua casa que fica na COHAB I.
Jornal VOZ: Como e quem o incentivou a treinar o Jiu jitsu?
Júnior Lima: Eu fazia muita bagunça, brigava muito na rua, bebia muito, aí meu pai sugeriu que se eu fosse treinar durante uma semana e depois se não gostasse, ele parava de me ‘amolar’. Fui treinar e fiquei uma semana, mais outra e estou até hoje.
Jornal VOZ: Quando ocorreu isso e onde você iniciou seus treinos?
Júnior Lima: Há cerca de 5 anos e comecei a treinar na academia do Thiago Sá Fortes – próximo ao NAI e depois com o Fred Pereira. Fiquei nessa academia até ir para Varginha.
Com o Thiago treinava no período da noite e no período da manhã, treinava em Lavras. Aliás em Lavras treinei por um bom tempo.
Jornal VOZ: Como surgiu a oportunidade de treinar no ‘Instituto Lutar’ em Varginha?
Júnior Lima: Há cerca de um ano e meio, lutei contra um aluno de lá (a luta foi na cidade de Lambari) e ele ganhou a luta. Foi uma dura luta e no final começamos a conversar e continuamos a conversa no facebook, trocamos informações e após um tempo fui para lá.
Jornal VOZ: O que o Jiu Jitsu mudou na sua vida?
Júnior Lima: O Jiu Jitsu mudou tudo. Assim que comecei a treinar mudei minhas ações – eu não tinha compromisso com nada, agora vivo pelo esporte.
Jornal VOZ: A nossa reportagem pediu que você nos mostrasse seus troféus e medalhas. Sabemos que todos são importantes, mas quais merecem um destaque maior?
Júnior Lima: A minha primeira competição que lutei na cidade de Arcos e fiquei em primeiro lugar. É a mais simples que tenho, porém a mais significativa.
Foi quando Fred Pereira me dava aula, eu ainda era faixa branca e dali que me deu mais motivação para treinar; a outra medalha que ganhei no Brasileiro (sem pano) e fiquei em 3ºlugar – outubro de 2015.
Jornal VOZ: Você fez uma campanha para poder participar de um campeonato. Qual e no que resultou essa ação entre amigos?
Júnior Lima: Fiz uma rifa para que eu tivesse condições de ir lutar lá na Europa, em Lisboa. Infelizmente não tive o apoio necessário, faltou R$900,00 (novecentos reais) para eu ir.
Eu havia conseguido com uma pessoa da Espanha a moradia para ficar lá durante 3 meses, Academia e alimentação. Iria pagar só a passagem e a inscrição no ‘Europeu’, o que seria R$2.700,00 (dois mil e setecentos reais).
Jornal VOZ: Quais os seus sonhos Júnior?
Júnior Lima: Meu sonho é lutar nas melhores competições mundiais, quero lutar o Brasileiro esse ano. Se Deus me permitir, me der forças e condições, quero lutar o Mundial sem quimono na Califórnia, quero ter bons resultados.
Jornal VOZ: Você tem patrocinadores?
Júnior Lima: No momento não. Tenho os apoiadores na cidade de Varginha – o Restaurante ”Muito Bom” me dá suporte para alimentação, a Academia Total Fitness me dá apoio na musculação; o professor Rodrigo Carvalho – ele é o que mais me ajuda até hoje.
Jornal VOZ: Constatamos muitos jovens sem rumo, na violência. Você acha que o esporte dá esse rumo certo?
Júnior Lima: Sim, principalmente a arte marcial, não menosprezando o futebol, essa arte coloca muito mais limite, compromisso e respeito.
Lá no instituto onde moro e treino, o meu professor treina quase 100 crianças num projeto social.
Jornal VOZ: Ainda sobre apoio – o Jiu Jitsu tem o apoio que merece?
Júnior Lima: Não, muitos preferem apoiar o futebol(que sei o quanto também é importante), por ter 11 pessoas e acabam deixando o Jiu Jitsu de fora por ser apenas um atleta.
Aqui já tive alguns apoios como Antonio professor, Wagão, Gaspar do Esporte, entre outros, mas acredito que o valor que o setor de Esporte recebe, poderia investir mais, não apenas comigo, mas no geral.
Jornal VOZ: Você se sente mais em paz?
Júnior Lima: Com certeza, mais em paz, mais confiante e mais próximo de Deus.

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