Uma entrevista, um bate-papo descontraído, sem ensaio, porque afinal vem ensaio, batuque e samba no pé nos próximos dias.
Com quem? Com as Organizadoras do BatukELAS. Mulheres com M maiúsculo que empreendem nos caminhos e voltas que a vida dá. E 2025 traz um carnaval com toda a alegria da Ala das BatukELAS, formada exclusivamente por Mulheres.
A entrevista foi gravada num clima de descontração, alegria e respeito pela fala de cada uma, destacando a força da mulher, homenageando Frida Kahlo.
Jornal VOZ: Como surgiu a ideia do BatukELAS?
Shirley: O ano passado eu já tinha ensaiado uns dias com um Bloco e a Glícia sempre está em todos os carnavais com o tamborim dela, a Eliana também e a Luana querendo muito tocar, porém, nós não tínhamos um Bloco fixo e era daquele jeito, a gente ia daqui e dali e comentei com as meninas: ‘vamos para o Bloco do Pereira que vão deixar a gente tocar…’.
Eliana: Mas antes de ter o Bloco do Pereira a gente tentou em outros blocos, um espaço para nós.
Luana: E estava tão bom, que nós vamos tocar.
Glícia: E no Bloco do Pereira tinha gente ensinando a gente a tocar. Aí a ideia de termos um espaço, por que não no carnaval?
A mulher tem espaço em todos os lugares e também vamos ter um exclusivo no Carnaval.
Jornal VOZ: Até o momento cerca de quantas mulheres já confirmaram “estou junto”, “estou dentro”?
Glícia: Já tem mais de 100 (cem) mulheres.
Shirley: Já temos a logomarca, o abadá que já vamos soltar no instagram.
Eliana: É para todas as mulheres – avó, madrinha, amigas, inimigas…
Shirley: Inclusive até as nossas apoiadoras são mulheres – Sinara (dança); Alta Costura, Moldar Clínica Estética, Vivencie Espaço de Beleza e Maria Tattoo.
Jornal VOZ: Como surgiu a ideia de homenagear a Frida Kahlo?
Shirley: Inicialmente pela questão bem feminina, na minha cabeça, eu Shirley, pensava na Penélope Charmosa, até comentei com elas, mas aí pela Frida, por ser uma mulher à frente do seu tempo, passou por muitas dificuldades, nunca desistiu, todas as pinturas dela são auto-retrato – como foi mutilada, acidentes, aborto, a Frida vivenciou o feminicídio, foi traída pela própria irmã. E ela sempre teve essa força de continuar.
Jornal VOZ: Por que o nome BatukELAS?
Eliana: Esse nome surgiu porque queríamos mulheres que tocassem algum instrumento musical. E como a maioria já toca o tamborim. Mais do que ligado a isso, batuque de batucada, só mulheres…
E cada uma foi dando uma ideia e aí surgiu esse nome lindo, BatukELAS.
Jornal VOZ: E a Frida?
Glícia: Surpresa para o público.
Jornal VOZ: Suas considerações
Glícia: Queremos destacar para que sigam o instagram @batukelas e convidar cada vez mais mulheres para mostrarmos que as mulheres gostam de Carnaval, que as mulheres podem fazer um carnaval.
Eliana: Hoje somos uma Ala, mas quem sabe, futuramente, teremos o nosso Bloco composto só por mulheres.
Luana: Esse ano é uma apresentação para que as mulheres vejam e se conscientizem da força que a gente tem e ano que vem o Bloco das BatukELAS.
Shirley: BatukELAS não é apenas para quem toca. Toda mulher com seu abadá dará o brilho, a força e o alicerce nessa Ala.
Glicia: Inclusive é mais importante que venham as mulheres sem tocar instrumento musical para que possamos crescer a cada ano e depois com vários instrumentos.
Somos uma Ala dentro do Bloco do Pereira. Queremos convidar todas as Mulheres para participarem com a gente e eu tenho certeza que vai ser muita animação.
Eliana: Venham participar com a gente. Vai ser muita alegria, muita motivação, muito brilho. Queremos todas vocês com a gente!
Shirley: Estamos com muitas novidades. Confira e adquira o nosso abadá!
Luana: Siga o nosso instagram @batukelas e vamos nos divertir.