Como todos sabemos, ter um animal de estimação em casa exige muita atenção e alguns gastos constantes, por exemplo, com a alimentação. Escolher um produto de qualidade, que ofereça todos os nutrientes necessários, é sempre muito importante, mas alimentar corretamente o seu pet exige outros cuidados, como a troca gradual da ração, necessária para que o sistema digestório do animal se adapte ao novo alimento.
O humano está adaptado a variações diárias na alimentação, com isso, todo o metabolismo e o sistema gastrointestinal são capazes de lidar com a diversidade. Já o cão e o gato comem o mesmo alimento diariamente, e uma mudança repentina pode acarretar em problemas à saúde, como fezes amolecidas, recusa do alimento, diarreia, vômitos.
Quando a mudança de alimento se faz necessária, seja por idade, necessidade especial por algum motivo relacionado à saúde, busca por qualidade, preço, opção de marca ou qualquer outra razão, é recomendado fazer a troca de forma gradual do alimento anterior pelo novo.
Mas, afinal, como realizar essa substituição sem prejudicar a saúde do bichinho? Para evitar erros e eventuais problemas à saúde do seu pet, preparei algumas dicas que podem ser úteis. Confira abaixo:
1 – Planeje a mudança antes de o pacote acabar
Inicie a mudança antes que acabe o pacote do alimento anterior, caso contrário não haverá a possibilidade de troca gradual.
2 – Programe o período de troca de alimento
O ideal é dedicar sete dias para a troca de alimento do animal. Durante esse período, deve haver o aumento gradual da quantidade oferecida da nova ração e a diminuição da anterior, até que, no sétimo dia, o pet esteja consumindo 100% do alimento novo. Certifique-se de que possui quantias suficientes das duas rações e faça um cronograma como o exemplo a seguir: no primeiro e segundo dias, ofereça mais da ração atual e menos da ração nova (75% da atual e 25% da nova); no terceiro e no quarto dias, sirva 50% de cada; no quinto e no sexto dias, coloque 25% da ração atual e 75% da nova; e, para finalizar, do sétimo dia em diante, deixe o animal consumir apenas a ração nova e provavelmente ele não vá perceber a diferença.
3 – Filhotes tornando-se adultos
Os filhotes de raças mini e pequenas começam a transição para a fase adulta a partir dos dez meses; os de raça média, ao 12 meses; e os de raças grandes e gigantes podem iniciar a alimentação recomendada para cães adultos a partir dos 18 meses. Nesse período, é preciso fazer a troca gradual do alimento de filhote para o alimento indicado para cães adultos, que suprirá todas as vitaminas e os nutrientes demandados para esta fase. No caso dos gatos, a troca gradual do alimento de filhote para o de adulto deve ocorrer a partir dos 12 meses.
4 – Gestantes se alimentam com ração para filhotes
Poucos sabem, mas o ideal é que fêmeas em período de gestação (principalmente no terço final) ou lactantes se alimentem com ração própria para filhotes.
5 – Introdução do alimento na troca do leite para ração
Filhotes de cães e gatos com mais de um mês de idade devem continuar sendo amamentados pela mãe até, pelo menos, o segundo mês de vida, mas o alimento próprio para filhote (o mesmo que a mãe estiver comendo) também deve ficar disponível, sempre numa tigela baixinha para que tenha acesso. No tempo deles, terão interesse e comerão o tanto que quiserem dessa ração, complementando o aleitamento. Nessa fase, o organismo do filhote “diz” o que precisa e, naturalmente, eles estarão hábeis a digerir a ração.
6 – Cães e gatos também têm rotina alimentar
Assim como os humanos, os animais também têm rotina. É sempre bom ter atenção para que a alimentação se mantenha nos mesmos horários. O organismo se prepara para aquela refeição mesmo antes de ela ser fornecida. Algumas enzimas gástricas são liberadas e os estímulos neurológicos também. Para gatos, é ainda mais importante, pois influencia no pH urinário. Por isso, é recomendável fornecer a quantidade diária de alimento dividido em duas ou três vezes, especialmente para os glutões.
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