Jovem perdoense atuará como voluntário nos Jogos Olímpicos 2016

1 de agosto de 2016 9:59 4317

Linikyer Weyller Phelipe Pereira, 23 anos, perdoense, filho do Marney e da Inês.
Atualmente mora na cidade de Formiga devido ao curso na faculdade.
Já é formado em Educação Física, pós graduado em Fisiologia do Exercício e agora está na metade do curso de Fisioterapia pela Unifor.
Um jovem carismático que com alegria e bom humor prossegue na vida.
Ele nunca fica parado – toca violão, já foi comentarista esportivo, durante um mês trabalhou como apresentador num programa de vendas da Casa da Vaca, onde antes passou por um treinamento em Goiás e gravavava programa na UFLA; além de estudar, trabalha como personal na cidade de Formiga; trabalha em leilões na cidade de Perdões; com humor e alegria é apresentador em eventos, fazendo imitações, quando convidado, narra rodeios.
Linikyer quer mais, quer mais conhecimento, quer mais experiência.
Em 2014 fez a inscrição através de site para ser voluntário nos Jogos Olímpicos 2016, fez vários treinamentos online, depois passou em uma entrevista em Belo Horizonte. Foi chamado para ser voluntário como Assistente de Treinamento no Centro Olímpico de Hipismo no Rio de Janeiro.
Provavelmente o único perdoense atuando nos jogos.
Ele viajou para o Rio de Janeiro na última sexta-feira, dia 29.
A entrevista ocorreu na redação do VOZ, na última terça-feira (26).


Jornal VOZ: O que o motivou a se inscrever para ser voluntário nos Jogos Olímpicos?
Linikyer: Primeiramente quis ser voluntário na Copa do Mundo, não consegui, porque demorei para fazer a inscrição. Como é a área do esporte em que trabalho, estudo, isso motivou-me 14bastante, porque é uma oportunidade única. Acho que nunca mais verei a realização de uma Olimpíadas no Brasil.
Então fiz a inscrição, corri atrás, fiz todas as etapas, para participar de alguma forma nos Jogos Olímpicos 2016.
Jornal VOZ: Para chegar até isso, você teve que passar por treinamentos online. Fale sobre isso.
Linikyer: Em 2014 fiz a inscrição no portal; aparece os treinamentos online, treinamento em inglês, informações sobre situações que podem acontecer nos jogos.
Em 2015 fui chamado para uma entrevista em Belo Horizonte com várias pessoas da área de Educação Física, da área de Fisioterapia. Após um mês veio a resposta que fui aprovado para ser voluntário nesses jogos.
Os treinamentos online continuaram, e fui fazendo todos. Depois chega a escala e sua função nos jogos.
Fui escalado para ser assistente de treinamento de hipismo. Vou ficar no Centro Olímpico durante o treinamento do pessoal de Hipismo.
Após chegar as delegações, ficarei junto aos do Brasil e dos outros países que treinarão.
Jornal VOZ: Como você, tem outros jovens que se inscreveram como voluntários, ou tem os que fizeram para trabalhar remunerados?
Linikyer: Sim, remunerado, como fisioterapeuta, médico…Aí é outra função, outro patamar. Como não sou formado em Fisioterapia, apenas em Educação Física, considerei melhor ser voluntário.
Jornal VOZ: Quantos dias você ficará lá?
Linikyer: Ficarei durante 10 dias. Estarei lá no dia 29 de julho. Começo a trabalhar no dia 31 de julho e retorno dia 09 de agosto.
Terei duas folgas nessa escala. Trabalharei das 8 horas da manhã até às 5 horas da tarde.
Jornal VOZ: E você já sabe onde vai ficar?
Linikyer: No meu portal de voluntário está que é no Rio de Janeiro. São voluntários que oferecem suas casas para outros voluntários ficarem.
Onde vou ficar, tem voluntários de Costa Rica, Foz do Iguaçú, Curitiba e outras cidades. Cada um vai para uma área. Lá temos direito à alimentação na casa.
Jornal VOZ: A passagem é por sua conta?
Linikyer: Sim, é por minha conta.
Vou de avião na sexta (29).
Apenas alimentação não terei custo. Lá terei um cartão de voluntário para me deslocar.
Jornal VOZ: O que representará para você essa experiência?
Linikyer: Meu sonho em acompanhar o hipismo de perto. Só assistir as Olimpíadas já é muito interessante. Agora estar na área e poder ajudar, é uma oportunidade única; vai acrescentar muito na minha carreira.
O fato de mexer com esporte, ver várias culturas, os cuidados que o brasileiro tem que observar, no treinamento fala disso. Respeitar cada cultura.
Uma mensagem forte que deixam é o carisma do brasileiro: Todo voluntário tem que estar bem com sua auto estima e ser acolhedor com o outro. Mostrar o melhor do brasileiro.
Jornal VOZ: Os jogos olímpicos ao mesmo tempo que coloca o Brasil em destaque e faz com que jovens como você realizem esse sonho, tem uma outra questão em que as pessoas fazem uma análise, onde está se colocando muito dinheiro nesse evento e não se coloca na Saúde, Obras, Estradas, Segurança. Como você vê isso?
Linikyer: 90% da hotelaria está ocupada, mas já tivemos notícias que na casa em que vou ficar, alguns europeus já desistiram por causa de informações sobre terrorismo. O dono da casa me informou que o Exército, a Marinha estão a postos para a proteção.
Há o medo das doenças, como a Gripe que começou na Copa das Confederações.
Inclusive pede-se que todos cheguem aos aeroportos duas horas antes (normalmente é uma hora antes) pelo padrão internacional para revistar.
Quanto à economia, creio que com esse investimento, mudará para melhor. Temos que ser confiantes, pois assim como a Copa, é o maior evento esportivo.
Temos que trocar ideias. Foi destacado que o Brasil é o país que menos se comunica com o mundo. Essa é uma oportunidade de receber novas culturas, pois mesmo com os intercâmbios, o nosso país ainda está atrás nessa troca de relação.
Jornal VOZ: Para concluir
Linikyer: Não podemos desistir do que sonhamos.
Sempre coloco Deus na frente de todas as coisas. Se quero uma coisa e está dando certo, não desisto.
Por exemplo, ser voluntário nas Olimpíadas, mesmo tendo um certo medo quando falaram sobre terrorismo, venci isso.
Estou indo sozinho, queria ter amigos comigo. Não conheço o Rio de Janeiro – estou indo com a cara e a coragem e realizando o sonho de ser voluntário nos Jogos Olímpicos 2016.

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