Na comemoração cristã do natal, apesar de toda deturpação, existem alguns pontos positivos, a própria lembrança do Menino Jesus nos leva a grandes reflexões e com isso nos aflora a sentimentos e atitudes nobres. Há uma fraternidade grandiosa inspirada pelos ares natalinos.
A compreensão de que Jesus como mensageiro divino poderia ter nascido em berço de ouro, mas que preferiu as palhas de uma manjedoura para nos mostrar o significado de humildade e simplicidade, acresce muito ao nosso espírito.
O espírita vê o Natal como uma época de reflexão e análise, o natal chega-nos com muitas interrogações.
Será que estamos conseguindo galgar a nossa evolução fundamentando esta no bem, na solidariedade, na tolerância e na fraternidade, como nos ensinou Jesus?
Será que estamos vivenciando todos os compromissos assumidos acerca de nossa evolução?
O natal significa para nós a revivescência dos ensinos do cristo em cada uma de nossas ações. Não há, contudo, necessidade de esperarmos o ano todo para fazê-lo, é no exercício contínuo desses ensinamentos que ‘matamos’ o homem velho que ainda vive em nós.
Entretanto, na noite em que todos festejam a chegada do mestre Jesus, nós, espíritas, recordamos o nascimento da doutrina espírita que compreendemos como a terceira revelação, um grande ponto de demarcação para a nossa elevação espiritual, pois com ela, todas as nossas dúvidas e dores são aclaradas segundo a razão e o bom senso. Seguindo a linha da reencarnação, podemos melhor presumir o nosso futuro, entendendo que esse é a continuação do que fazemos em nossa vida atual. Se escolhemos o bem, seremos felizes, optando pela prática do mal, sofreremos as consequências de nossos atos.
O que realmente nos importa, por essa época natalina é se estamos nos apropriando do seu sentido reeducativo, é entender que para que o Cristo nasça em nosso íntimo é necessário que haja equilíbrio de sentimentos, de razão e de moral, e de como aplicamos tudo isso em nosso cotidiano.
Concluímos, então, que o natal para o espírita está relacionado com o nascimento espiritual, e não físico, de Jesus em nosso íntimo. O natal é nos impregnarmos do evangelho e de suas diretrizes, deixando que Jesus nasça em nossos corações e assim, nos transforme em homens novos, reformados pela sua lei maior – o amor.
O natal é renovação permanente.
Rosilene Barbosa