Deixar que receitas e, principalmente, despesas sigam sem acompanhamento e controle faz com que a perspectiva de um futuro financeiro fique à mercê da sorte
Seja empresário ou assalariado, a chegada do final do ano traz angústia e preocupação a uns e alívio a outros. De um lado, as despesas com o pagamento de décimo terceiro, férias – pior se forem coletivas –, e a perspectiva de redução nas vendas nos primeiros meses do ano seguinte preocupam microempresários, donos de clínicas e comerciantes, assim como a receita extra agrada aos funcionários de todas as áreas.
Em ambos os casos, a solução está no planejamento financeiro. Aos empresários, a criação de uma provisão efetiva ao longo do ano, além daquela efetuada na contabilidade, garante que o fluxo de caixa não seja afetado com as despesas adicionais do final do exercício fiscal, resolvendo algum desequilíbrio e eliminando a necessidade de financiamento. Uma consultoria especializada pode ajudar a equalizar esta questão e resolver o problema da gestão financeira, principalmente em empresas com produtos ou serviços que sofrem com a sazonalidade,em que as despesas certamente seguirão implacáveis e ocorrerão todos os meses, mas as receitas, nem sempre.
No caso dos assalariados, receber o décimo terceiro salário e as férias pode se tornar um evento com sentimentos ambivalentes no tempo. Inicialmente, um alívio, tanto para aqueles que têm dívidas acumuladas e podem usar a receita extra para quitá-las, quanto para os que não as têm, casos raros atualmente. Num segundo momento, pode ser uma angústia, pois sempre haverá o risco de utilizar inadequadamente a renda adicional e perceber, durante o período de festas ou de férias, que há mais dias que dinheiro até o próximo crédito.
Ao receber salário, décimo terceiro e férias em dezembro, o pagamento do mês seguinte só virá em meados de fevereiro, quase 60 dias após ter recebido o líquido de férias.
Aquela sensação boa de ter recebido “muito dinheiro de uma vez” será substituída pela angústia de perceber que o tempo é mais longo que as necessidades. Muitas vezes, é nesse momento que novas dívidas se iniciam, com a resolução ocorrendo somente no final do ano, repetindo-se o ciclo aparentemente infindável de angústia e juros.
O segredo, qualquer que seja a sua situação, é pensar em um prazo mais longo.
Comece identificando todas as despesas que terá até que o próximo crédito de salário ocorra e reserve o valor necessário para quitá-las. A partir daí, pense em como gastar o que sobrar, caso sobre. Se ainda faltar, procure divertir-se em casa, com amigos próximos e em programas alternativos ou gratuitos. Use a criatividade. Geralmente é mais barato.
Pensando um pouco mais longe, para se ter muito dinheiro no bolso e saúde prá dar e vender no ano que vai nascer, procure se organizar a partir de agora. Seja você empresário ou assalariado, conheça, estime e acompanhe periodicamente suas receitas e despesas. Isto é essencial para qualquer planejamento, seja para a gestão financeira do dia a dia ou para atingir objetivos de médio ou longo prazo que tenham nascido de suas necessidades ou de seus desejos.
Deixar que receitas e, principalmente, despesas sigam sem acompanhamento e controle faz com que a perspectiva de um futuro financeiro fique à mercê da sorte. Conhecer e gerir sua vida financeira certamente permitirá ajustes ao longo do período e garantirá a geração de reserva para atingir seus planos.
Aliás, o planejamento financeiro só faz sentido se houver objetivos a se buscar.
Trace metas que sejam significativas e as transforme em números para que os seus resultados sejam possíveis de mensuração e acompanhamento. Uma vez que dinheiro é um meio e não um fim, se não tivermos objetivos, para que teremos reservas financeiras?
Fonte: in the press comunicação