Marilda – a arte de confeitar felicidade

22 de fevereiro de 2016 11:06 3098

Marilda Pereira Pádua, perdoense, nasceu no dia 02 de abril de 1945; filha de Adalberto Tomas Pereira e Maria Augusta Mendes Pereira, irmã de Aluísio, Maria Aparecida, Anísio, Maria Eunice e Amilton; casada com José Pádua Pereira, mãe de três filhos – Ednaldo, Raquel e Gustavo, avó de sete netos – Otávio, Alexandre, Laura, Arthur e Júlia (gêmeos), Helena e Marina.
Muitos(as) dos nossos(as) leitores(as) já devem ter ouvido em festas o comentário ”que bolo bonito e delicioso, quem fez?” ”Ah, é o bolo da Marilda”.
Pronto! Tem marca de qualidade aí.
No último sábado, dia 13, enquanto o Jornal VOZ fazia a cobertura da inauguração da Loja Top Festas, registramos a presença da D.Marilda que foi conhecer e prestigiar a loja.
Assim, surgiu dois dias depois o nosso convite para essa entrevista, afinal, 56 anos fazendo bolos para festas de casamento, bodas, aniversários e outros eventos – e com qualidade, merece essa homenagem e também para que amigos e clientes compartilhem dessa alegria.
Durante a entrevista D.Marilda ao lado de seu marido, mostrando uma pasta com fotos de vários de seus bolos, relembra que na época as placas que enfeitavam os bolos eram riscadas numa cartolina, recortadas com a tesourinha e depois cobertas com glacê. Totalmente artesanal.
Hoje já não se faz mais esses tipos de bolos.
A entrevista foi no sofá, na sala de sua casa, ao lado de seu marido.


Jornal VOZ: Há quanto tempo a senhora é confeiteira, fazendo esses deliciosos bolos e como iniciou nessa arte?
Marilda: Comecei a fazer esses bolos há 56 anos, tinha 15 anos.
Eu gostava de ficar observando uma tia fazer os bolos, depois fui ajudar minha irmã que pegou a profissão e ela passou para mim. E aqui estou até hoje.
Jornal VOZ: A senhora lembra o primeiro bolo de casamento que fez?
Marilda: Sim, tenho a foto do bolo de casamento da Neusinha e o Quito.
Jornal VOZ: A senhora casou-se e continuou fazendo bolo?
Marilda: Casei aos 23 anos e mesmo grávida dos meus filhos, continuei a fazer. Só parava no ‘resguardo’.
Jornal VOZ: Quando a pessoa encomenda o bolo, geralmente pede sugestão, ou já fala o que quer?
Marilda: Uns chegam exigindo o que querem, outros me pedem sugestão. A gente troca ideia e no final sai tudo bem.
Jornal VOZ: Na sua opinião – um bolo para ser bem feito e ter sabor, o que é preciso?
Marilda: Material de primeira qualidade e gostar do serviço, fazer com amor.
Jornal VOZ: A senhora já fez bolo, além de Perdões em outras cidades?
Marilda: Sim, nos lugares em que morei, devido ao trabalho do meu marido, até então como gerente do Banco Real – Campo Belo, Formiga, Lavras, entre outras.
Jornal VOZ: Como é a sua propaganda?
Marilda: Geralmente a pessoa vai a festa onde tem o meu bolo, come e gosta, já pede o nome, endereço e telefone.
Nunca fiz cartão porque as próprias pessoas e clientes fazem a propaganda.
Jornal VOZ: Mudando o assunto, como a senhora está vendo o quadro político federal?
Marilda: Tem que melhorar. A presidente Dilma pode ter boas intenções, mas é monitorada pelo Lula.
Confio em Deus para que melhore essa situação do país.
Jornal VOZ: O que a fé representa para a senhora?
Marilda: Católica, a fé representa tudo.
Jornal VOZ: Após 56 anos fazendo bolo, a senhora pensa em parar?
Marilda: Agora já diminui um pouquinho, mas não penso em parar. Gosto da profissão, tenho tudo arrumado e graças a Deus estou com saúde.
Jornal VOZ: Para concluir.
Marilda: O importante é fazer tudo com vontade e amor, mesmo quando ajudei minha irmã em salão de beleza nunca pensei em parar com meus bolos.

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