Atividade física é instrumento eficaz durante a pandemia?

20 de abril de 2020 15:31 638

Ao se falar sobre “isolamento social”, é importante entender alguns aspectos sobre essa temática. Para evitar o aumento no número de casos do novo coronavírus (COVID-19), é recomendado distanciamento social, limitando as saídas apenas em caso de extrema necessidade. Contudo, essa restrição pode provocar conflitos devido à quebra drástica da rotina, entre outras questões, provocando aumento da ansiedade, além do risco de um possível quadro depressivo.

Para fortalecer o sistema imunológico, fundamental tanto para combater a doença quanto na recuperação, os profissionais da saúde identificaram quatro pilares essenciais: ter uma alimentação balanceada, dormir bem, reduzir o estresse e praticar exercícios físicos regularmente, pois cada um desses fatores tem um impacto diferente no organismo.

Tratando-se, em especial, do exercício físico, os benefícios são muitos. A prática contribui para o bem-estar geral e  libera hormônios que ajudam a regular o sistema imunológico, além de combater diretamente o estresse, um dos principais inibidores da liberação de hormônios benéficos ao corpo, que dificulta a manutenção do nosso sistema de defesa.

Caso não tenha uma orientação profissional, é possível realizar exercícios simples como pular corda (pode-se adaptar com barbante de varal ou extensão elétrica), realizar flexão e extensão de braço, abdominais, agachamento, adaptando-os segundo a sua realidade (sacos de arroz, feijão e garrafas pets com água são instrumentos que podem auxiliar no exercício de força).

Já para as crianças, recomenda-se atividades lúdicas como brincadeiras comuns (pega-pega, amarelinha, etc.) e vídeo game com sensor de movimento. Também é possível usar o que tem em casa, como fita crepe, animais de pelúcia, barbante e colchonete, para elaborar brincadeiras como coelhinho sai da toca e dança das cadeiras. Com isso, além de contribuir para o desenvolvimento psicomotor, noções de lateralidade e espaço e tempo, aumentam os laços de afeto, amor e carinho, gerando uma felicidade única e muito satisfatória.

Para conseguir fazer tudo isso, é preciso organização, estabelecendo uma rotina com planejamento. Estabeleça o que vai fazer, organize o seu dia de forma consciente e tenha um propósito. A dica é não esperar por uma vontade repentina para começar a exercitar-se, mas definir um horário do dia para executá-la, o que ajuda a criar um hábito consistente.

Fica evidente que o seu maior aliado no combate à essa pandemia é você mesmo. Então, aproveite esse tempo precioso para cuidar de si e da sua família, sem deixar de lado, é claro, os seus compromissos profissionais. Afinal, não basta não estar doente para se ter saúde, é preciso, antes, apresentar evidências de um bem-estar físico, mental, social e espiritual.

Tiago André Teixeira Orsini é pós-graduado em Saúde e Atividade Física pelo Centro Universitário de Maringá/PR – UNICESUMAR, e docente titular de Educação Física do Colégio Marista de Maringá 

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