A vida tem um talento especial para mudar os planos, sem pedir licença.
Curiosamente passamos boa parte da vida tentando organizar o amanhã. Fazemos planos a curto e a longo prazo, listamos metas, sonhamos com um futuro que tencionamos controlar. Mas a vida, essa desobediente, gosta mesmo é do improviso. Muitas vezes, ela muda os planos sem nos consultar.
E algumas mudanças repentinas nos assustam, nos amedrontam: como perdas, rupturas, ausências… Outras chegam feito brisa leve: como um sorriso, um convite, uma viagem de última hora… E há mudanças discretas, em que só percebemos tempos depois. Assim como a manifestação do tempo em nosso corpo, em que nos damos conta quando menos esperamos, ao nos olharmos no espelho. É quando notamos que não nos reconhecemos mais nas versões antigas de nós mesmos.
O fato é que mudar faz parte do pacote existencial. Crescer é, na verdade, aprender a aceitar que o chão pode sair dos nossos pés de vez em quando — e que a gente aprende a voar no meio da queda.
Enfim, as mudanças são Como páginas viradas de um livRo que a gente ainda não terminou de ler. E por mais que dê vontade de reler os capítulos antIgos, são nos próximoS capíTulos que a vida cOntinua.
