Faz muito tempo que desejo expressar meu amor, respeito e admiração pelas quatros mulheres que fazem parte da minha vida. Tenho duas tias maternas, minha mãe e minha sogra. Todas elas me ensinaram a arte de bordar e costurar momentos e experiências.
A Dona Maroca, minha sogra, é uma pessoa religiosa, caridosa, respeitada e amada pelos seus parentes, filhos, amigos, fregueses, vizinhos e diversos conhecidos da nossa cidade.
A tia Dilma me ajudou nos estudos com seu incentivo e dedicação, abrindo sua casa para me abrigar por dez anos em sua doce companhia.
As duas são Costureiras, me ensinando o caminho retilíneo, correto, sem desvios como fazem com a costura reta. Ser flexível nos atos como o ponto zig zag faz. Fantasiar meus sonhos como os belos tecidos coloridos e alegres, ser sempre unida com os próximos como os carretéis de linhas nas suas diversidades de cores. Também ser silenciosa, quando for preciso, como o fechar da máquina de costura.Ter uma fé operosa e paciente em qualquer circunstância.
A minha querida mãe, Diléia e a tia Dalba (Dalbinha), vieram com seus bordados enfeitar minha existência. Cada meada das linhas nas suas cores, mostram harmonia, suavidade, delicadeza, tolerância, carinho e cuidados essenciais para viver em paz. Cada flor bordada pode ser oferecida para “Jesus”. A tia Dalba lecionou por muito tempo na Lagoa (zona rural) e deve ser por isso que aprecio os livros.
Deixo, assim, a pequena homenagem para elas guardarem nos seus pensamentos, pois sei a grandeza de seus corações puros e abertos, como os bordados vazados nas toalhas brancas, formadores de desenhos e moldadores de suas virtudes.
Peço ao “Nosso Senhor” a benção para suas vidas e preservação de suas mãos talentosas com seus dons “sagrados”, ofertados por ele com amor e confiança na bondade de cada uma delas.
Meu abraço carinhoso, Eline Marques.