Uma caminhada em uma romaria, nos recorda a própria vida. Levantar bem cedo, ainda na fé da penumbra, como aqueles que, inseguros buscavam o ressuscitado. Desta forma, já o primeiro alimento lembra o maná. Sair em comunhão e unidade, sendo Igreja, sempre chamados a congregar. Os primeiros passos, a sintonia, a amizade, alguns já tempo caminham, outros na ansiedade da primeira vez. Olhar o caminhos, passos felizes, passos mais pesados. A estrada alterna como a vida: as vezes até desafio!
Como na vida, os pés as vezes saem machucados. Aparecem anjos sem asas que nos ajudam com uma palavra, uma mão amiga, um ouvido consolador. De repente a subida pesada se torna mais terna, cabe até comemorar olhando para trás tudo que se passou. Cada caminho se torna oração, revisão de vida e pensamento sempre em Jesus. A docilidade de Maria para fazer a vontade de Deus, nos impulsiona a abrirmos mais para o Senhor. Assim caminhamos, como na vida, em romaria. Ao enfim chegar a Aparecida, não mais seremos alimentados pelo “maná”, mas pelo próprio Cristo na Eucaristia!
Chegar é uma vitória, concluir o caminho proposto é gratidão, porém, o fruto é maior que a estrada vencida. A grandiosidade da romaria é chegar em Aparecida, estar na Basílica e deixar-se moldar e converter.
A lição é que, próximo de Cristo, aprendemos com Maria a mais amar, a mais servir e a melhor viver!
Padre Rogério Victor Azevedo
Pároco Paróquia Nossa Senhora das Graças
