Durante milênios de evolução o ser humano se debate entre o saber e o fazer, no homem primitivo onde o instinto ainda imperava o saber era quase intuitivo e o fazer mecânico, obedecendo ao instinto foi desenvolvendo meios que facilitassem a vida, quando percebendo as forças da natureza como fogo, água, vento, e tantas outras transformou estes elementos em deuses que passaram a ser adorados e temidos, o grande Deus do Fogo poderia ser vencido pelo grande Deus da Água e pelo grande Deus do Vento que tinham o poder de apagá-lo, mas se protegido dentro de uma caverna permaneceria forte e oferecendo os benefícios dele emanados como luz e calor. Todos os deuses eram importantes pois todos eles ajudavam o ser primitivo a sobreviver.
Num período não muito distante, estes deuses que ainda direcionavam o homem começaram a ser substituídos, permaneciam deuses mas já eram representados pelo homem, os sacerdotes, os chamãs, os pagés, entravam em contato com as divindades e transmitiam aos homens suas mensagem, foi neste período que o saber começou a se manifestar, pois pela mensagem dos deuses o ser entrou em contato com normas para se viver, a noção do certo e do errado foi ensinada e a desobediência destas normas eram punidas, às vezes até com a morte, e o homem viveu muito tempo obecendo estes deuses e o modo de vida por eles ensinado.
Já com espírito mais amadurecido e já conhecedor de um novo modo de viver veio Moisés, e apresenta ao homem um só Deus, esta divindade apresentada é severa, cobra de todos uma austeridade no falar e no agir, é um Deus que pune por qualquer motivo, as coisas simples como buscar lenha num dia de sábado segundo a lei imposta, dia sagrado era castigado, a lei do ”olho por olho, dente por dente” era aplicada como forma de justiça, e guerras eram travadas em nome deste Deus para que todos o seguissem.
Depois de um tempo veio Jesus ao seio da terra, trouxe o Divino Mestre uma visão diferente do Deus de Israel, falou aquele povo amedrontado pela severidade do Deus de Moisés que aquele Deus era bom e justo e pronunciou a palavra amor como sendo o modo de viver que mais agradava a Deus, disse também que Ele era o Pai de todos os habitantes da terra e amava a todos igualmente, que diante dos seus olhos tando o pecador como o filho obediente mereciam sua atenção e seu amor.
Jesus porém mostrou que este Pai se preocupava mais com aquele que estava perdido, que ainda não praticava o que já havia sido ensinado, as leis morais que a muito vinha sendo oferecida como modo de direcionar o homem ao encontro da paz, preocupava-se Ele com aqueles perdidos nos prazeres ilusórios da vida, os aprisionados nos sentidos negativos do sentimento como o ciúme, a inveja, a preguiça, o orgulho, a vaidade,a maledicência e outros que faziam desvirtuar seus filhos dos caminhos que os levariam até Ele.
Um código de conduta desde a criação vem sendo oferecido aos homens para a evolução deste planeta que nos recebe hoje.
Todos nós já sabemos como devemos viver, não podemos mais ignorar que uma grande transformação se faz necessária, é o momento do fazer, de modificar os sentimentos que nos afastam do caminho do bem, sejamos humildes para aceitar os alertas que gritam aos nosso olhos que chegou a hora da mudança, os elementos da natureza nos dizem que estamos destruindo as reservas naturais que nos mantém vivos, os quadros de sofrimento e dor nos mostram que nosso coração ainda não se modificou o suficiente, que ainda somos capazes de matar, roubar, destruir, que ainda somos capazes de caluniar nosso irmão, que muitos ainda se acham superiores e preconceituosos.
O maior exemplo de amor já nos mostrou o caminho pelo qual o Pai espera que todos nos passemos, caminhos de amor, união e paz.
Saber, todos nós já sabemos, é o momento de colocar em prática este saber e fazer o nosso melhor para reverter o mais depressa possível este quadro de dor que está diante de nós.
Termino esta matéria com duas citações que refletem o que podemos fazer para ter dias de luz paz e amor.
“Temos que nos tornar a mudança que queremos ver.”(Gandhi) e “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao proximo como a ti mesmo”.
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Por Ivone Castro