Escritor e ilustrador mineiro está entre os selecionados para o 58º Prêmio Jabuti

10 de novembro de 2016 9:23 1912

A obra “Haicais Visuais”, do mineiro Nelson Cruz, é uma das selecionadas ao 58º Prêmio Jabuti, na categoria Infantil. O livro, que em 2016 já recebeu os prêmios Monteiro Lobato de Literatura Infantil e Juvenil, da Revista Crescer, é uma das apostas da Editora Positivo neste ano.
Nascido em Belo Horizonte, Nelson Cruz mora e trabalha atualmente em Santa Luzia, cidade que fica a 30 quilômetros da capital mineira. Apaixonado pela arte e pela literatura, ele faz ilustrações para o mercado editorial desde 1997. É autor de vinte dois livros – entre eles, cinco receberam prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
Em 2002, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), indicou-o ao prêmio Hans Christian Andersen de ilustração. Em 2004 e 2012, foi indicado pela FNLIJ para a Lista de Honra do IBBY (International Board on Books for Yong People), na Suíça.  Em 2012, os originais da obra “Alice no telhado” participaram da exposição Tea with Alice, homenagem aos 150 anos do livro “Alice no país das maravilhas”, no Museu de História de Oxford, Londres. Em 2015, a Academia Brasileira de Letras lhe concedeu o prêmio ABL de Literatura Infanto-Juvenil pelo “O livro do acaso”.

A Editora Positivo conversou com o autor sobre mais essa indicação ao Jabuti. Confira abaixo:
– Como é ter o trabalho “Haicais Visuais” selecionado para o Prêmio Jabuti? 
NC: Depois de impresso, o livro tem uma trajetória absolutamente indefinida. No caso do “Haicais Visuais”, a expectativa é bem grande, devido à proposta de raciocínio ser uma transgressão da ideia de haicai. Somente visual. O prêmio Monteiro Lobato, da Revista Crescer, e agora essa indicação para o prêmio Jabuti, me deixa aliviado e muito satisfeito pelo reconhecimento.
– Como é o seu processo de criação?
NC: Criei dez histórias de três quadros fazendo uma relação entre o desenho de humor, tirinhas, e o poema de três frases: o haicai. Cada quadro corresponde a uma frase de haicai. Criei esse livro pensando nesse raciocínio, procurando conduzir a reflexão e o aspecto sensorial do haicai para a narrativa da ilustração.
– Você já concorreu ao prêmio em anos anteriores. Qual a sua expectativa para com este livro? 
NC: Bom, já ganhei por cinco vezes o prêmio jabuti, prêmio da ABL de 2015, Biblioteca Nacional e outros. Quanto ao “Haicais Visuais”, minha expectativa é de que seja um livro entendido na sua proposta de narrativa visual. Sou uma pessoa do desenho e adoro narrar histórias por imagem. Esse livro é um desses que me gratifica muito em poder levar a leitura de imagem e também de poder debater a arte da ilustração em escolas e outros locais por aí.
– Como é trabalhar com livro infantil/ juvenil? De onde surgem as suas inspirações?
NC: Minhas inspirações vêm de muita coisa que já vivi e das leituras que faço. Tenho pensado ultimamente que as histórias que crio são praticamente biográficas. Elas sempre têm uma relação com minha infância ou adolescência, ou algo parecido. Quanto a trabalhar com livro infantil/juvenil, pessoalmente procuro pensar que não existem as categorias livro infantil e juvenil. Existe uma única literatura: a que é ilustrada e aquela que não é ilustrada. A literatura é uma só.
Sobre o Prêmio Jabuti
Organizado pela Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti foi criado em 1958 e é o mais tradicional e consagrado prêmio do livro no Brasil. Abrangente, valoriza escritores e também o trabalho das demais áreas envolvidas na criação e produção de uma obra. Atualmente, o Prêmio contempla 27 categorias. A seleção de 2016 traz os 10 finalistas em cada uma delas. Este ano, mais de 2.400 títulos foram inscritos. Além de recompensa financeira, o Jabuti laureia os vencedores com o reconhecimento da comunidade intelectual brasileira, do mercado editorial e, principalmente, dos leitores. 
Sobre a Obra
“Haicais Visuais”, de Nelson Cruz (Editora Positivo)- com a beleza e a simplicidade do haicai, o humor da tirinha de jornal e a concisão de ambos, estes Haicais Visuais, de Nelson Cruz, trazem dez histórias curtas e silenciosas que nos convidam para uma viagem surpreendente na companhia do pintor de sonhos René Magritte, do King Kong das telas de cinema e da Alice do País das Maravilhas. Recomendado para crianças a partir de 9 anos. Preço sugerido: R$ 39,80.
Sobre a Editora Positivo
Fundada há 37 anos, a Editora Positivo tem a missão de construir um mundo melhor por meio da educação. Tendo as boas práticas de ensino como seu DNA, a Editora especializou-se ao longo dos anos e tornou-se referência no segmento educacional, desenvolvendo livros didáticos, literatura infantil e juvenil, sistemas de ensino e dicionários. A Editora Positivo está presente em milhares de escolas públicas e particulares com os seus sistemas de ensino. Amplamente recomendados pela área pedagógica e reconhecidos pelos seus resultados, os sistemas foram criados de modo a atender a realidade de cada unidade escolar. Para a rede pública a editora disponibiliza o Sistema de Ensino Aprende Brasil. Já as escolas particulares contam com o Sistema Positivo de Ensino (SPE) e com o programa Conquista. Cerca de 2 milhões de alunos utilizam os sistemas de ensino da Editora Positivo, em escolas públicas e particulares, no Brasil e no Japão.


 

Central Press/Marlise Groth

 

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