Vinte anos e com o talento para imitar muitos personagens. Não é preciso ir longe para conhecer o jovem capaz disso. Ele está bem pertinho de nós. Destacamos o humorista imitador, Felipe Emanuel Rodrigues Ferreira, perdoense, nascido em 04 de março de 1999, filho de José Batista Ferreira (Vaninho) e Luciene Aparecida Rodrigues Ferreira; irmão do Bruno Henrique.
A entrevista foi gravada na casa de Felipe Emanuel, onde nossa reportagem foi recebida na cozinha com um delicioso suco de laranja.
Felipe Emanuel durante a entrevista intercala a voz dos personagens que imita tão bem.
Aos 9 anos já prestava atenção e era dono de vozes e trejeitos de artistas e personalidades.
Apresentou-se na TV em 2015 no Programa Pânico na Band e em 2017 no Programa do Ratinho – Dez ou Mil.
É um artista nato, inteligente, tem conteúdo em sua conversa e durante a entrevista fez citações bíblicas para explicar as respostas às perguntas do Jornal VOZ.
Tem muitos seguidores nas redes sociais. Sua página tem meio milhão de acessos.
Foi homenageado pela Câmara Municipal de Perdões no ano de 2018 com uma Moção de Aplausos por indicação do vereador, Prof.Helton.
Jornal VOZ: Entrevistamos jovens que ao longo de suas vidas, descobrem o talento para música, teatro, dança, esporte e por aí vaí.
Como você descobriu esse dom para imitar as vozes e trejeitos de outras pessoas como artistas, políticos e apresentadores?
Felipe Emanuel: Eu não tinha dom para fazer essas outras coisas – eu não cantava, não fazia esportes. Aí pensei ”cara, tenho que descobrir alguma coisa”. Foi isso.
Jornal VOZ: E como você descobriu, que idade você tinha?
Felipe Emanuel: Aos 9 anos comecei a observar. Observava o meu irmão, o jeito de conversar, gesticular. Comecei dos 9 aos 12 anos a imitar. Fui assistindo Marília Gabriela (imita a voz da apresentadora, enquanto fala à reportagem) e aí você vai pegando os trejeitos.
Jornal VOZ: Qual foi a sua primeira imitação?
Felipe Emanuel: O Poderoso Castiga do programa Pânico na Band e em 2015 fui lá.
O Rodrigo Vesgo foi o primeiro cara a postar meus vídeos. Ele tem 3 milhões de seguidores. Era o Poderoso Castiga (imita enquanto conversa com a reportagem). Entre as primeiras imitações, estão também o Marcelo sem Dente e o Marcelo Rezende. Depois o Willian Bonner.
Jornal VOZ: Você já se apresentou em outros locais, outras cidades, além desses dois programas de TV?
Felipe Emanuel: Sim. Sou semifinalista de um programa chamado ”Flash Minas” do SBT – TV Alterosa de Belo Horizonte.
Tanto é que no próximo dia 18 desse mês vou estar lá, a não ser que remarquem a data. Já passei da primeira etapa; estive também em Varginha e Alfenas.
Jornal VOZ: E como você procura saber para participar desses eventos?
Felipe Emanuel: O YouTube nos ensina tudo. Pesquisei como participar, segui o instagram do André Silva, que é produtor do Programa do Ratinho. Enviei um e-mail.
E como as pessoas falam: É Deus! Porque é um sonho.
Em 2014 postei um vídeo com minhas primeiras imitações, entre elas, Cid Moreira, já com o projeto de ir ao Programa do Ratinho. Fui fazendo contatos nesse meio tempo, trabalhando muito, compartilhando com o pessoal que tem páginas na rede social. E isso ajuda muito.
Por exemplo, eu sou um cara que tem uma página no facebook – Felipe Emanuel – onde posto os vídeos, e ela tem meio milhão de acessos.
No vídeo da minha apresentação tem 160 mil acessos, mas tudo compartilhado.
Jornal VOZ: Enquanto nós conversávamos, você citou Deus. Como você vê a questão da fé?
Felipe Emanuel: A fé é o firme fundamento daquilo que não se vê, mas é certeza daquilo que se espera – Hebreus 11:1. Quando você crê, tem aquilo como concreto. Creio em Deus, Jesus. Tanto que é verdade – Jesus dividiu o tempo em antes e depois – antes de Cristo e depois de Cristo. Se você pesquisar várias coisas aconteceram para a gente ter uma crença, uma fé. A fé é a rocha, é aquilo que te sustenta.
Jornal VOZ: Na resposta anterior, você citou um dos versículos da Bíblia. Isso você lê na internet, ou você, realmente lê a Bíblia.
Felipe Emanuel: Sim, leio a Bíblia e a minha está cheio de marcações escritas, estudo.
Estudo também sobre outras religiões, sobre outras culturas, conhecimento.
A Bíblia não é só um livro religioso. Ela é história. Tem que acompanhar, porque o que adianta você ler e não entender?
A gente aprende sobre a história de Roma, Grécia, Egito, Jerusalém…
Jornal VOZ: Você mencionou que começou as imitações dos 9 aos 12 anos. Todos nós temos as fases de nossas vidas, as descobertas, obstáculos, tristezas, vitórias. Criança, pré-adolescente, adolescente e agora um adulto com 20 anos.
Quando alguma vez se sentiu triste, você conseguiu continuar com as imitações bem humorado?
Felipe Emanuel: Foi onde eu encontrei a válvula de escape, porque o humor faz isso. O humor mexe com as suas emoções. Ele te levanta.
Mas muitas vezes por causa da falta de apoio e estrutura, a gente pensa em desistir.
No início, quando criança, não fazia perfeito as imitações, mas com o tempo fui aperfeiçoando.
Toda vez em que pensei abaixar a cabeça, tinha a força de Deus e meu pai sempre foi estrutura, meu irmão, minha mãe. Minha família sempre foi estrutura.
Foram os primeiros que acreditaram, os primeiros que deram risada.
Jornal VOZ: Incentivo é muito importante?
Felipe Emanuel: Incentivo é o nome. Por exemplo, eu que gosto de andar de skate e não sei mandar muita manobra, não ando tão bem, mas os caras que sabiam mais, sempre elogiavam a gente. Mesmo que você caísse, machucasse, mas o incentivo faz você levantar.
Jornal VOZ: Entre suas imitações estão também DJ, MC, que ressaltam o funk, um estilo que muitos gostam e é bom para dançar. Mas como você analisa a maioria das letras dessas músicas, sendo que muitas delas depreciam a mulher?
Felipe Emanuel: Analiso assim, se está no youtube muitos já viram. Sempre gostei e tem muito funk que é bom também. Tem os caras que não falam muita bobeira e você pode pegar isso.
Por exemplo, gosto dos ritmos da Anitta, mas sei que tem músicas que criam ideias na mente de uma menina de 12 anos. São músicas que fazem apologia ao sexo antes da sua faixa etária.
Gosto de funk, sou eclético, gosto de MC Kevinho; MC Lan, que tem uma letras ‘‘pesadas’’, mas tem músicas boas. MC Lan não tem pai e nem mãe, não tem irmão. Morou na rua, foi preso na grande São Paulo. Com a música conseguiu se levantar, ele ajuda os outros , é humilde.
Enfim, sobre essas letras deveriam ser ouvidas por faixa etária.
Jornal VOZ: O que falta na política?
Felipe Emanuel: Falta compromisso e amor ao próximo. A base do ser humano deve ser: ‘‘faço ao próximo o que quero fazer para mim.’’
Por exemplo: Se eu quero uma saúde, um hospital bom para mim, também tenho que querer para o meu próximo. Se eu quero uma rua boa, também quero para o meu próximo.
Existe uma má administração com o dinheiro público.
O Brasil, mesmo com toda a corrupção é a 10ª potência.
Política é importante – você saber para onde vai o seu dinheiro.
Eu trabalho desde os 12 anos de idade. Eu sei o valor que tem o meu dinheiro. O dinheiro que você paga luz, água…você paga 75 reais num gás de cozinha. E o pessoal não fala nada, só quietinhos, mamando na teta do governo e do povo.
A minha avó tem 70 anos, caiu na Avenida, quebrou o braço. Quem teve que ajudá-la, inclusive na sua higiene, fomos nós.
Aí pergunto: como é que está as condições da Avenida? As calçadas com buracos e a Avenida não está sendo local de caminhadas, mas avenida de rally.
Temos que nos unir e lutar pelos nossos direitos.
Jornal VOZ: A vida imita a arte, ou a arte imita a vida?
Felipe Emanuel: O princípio de tudo é a vida. A arte pode copiar a vida. Mas na arte podemos criar coisas que possam influenciar na vida. Tem muitas novelas que influenciam e muitas coisas que os jovens aprendem vendo a televisão.
Jornal VOZ: Você é vaidoso? E como você consegue ter a sua vaidade e continuar a ser uma pessoa humilde?
Felipe Emanuel: Sim. Tem que ter maturidade. ”Os mansos e humildes de coração”.
Para quem gosta de Dragon Ball Z, quem assistiu o Super Saiyajin, só é lendário porque tem um coração bom.
Jornal VOZ: Mensagem
Felipe Emanuel: Na oportunidade antes de concluir a mensagem, quero fazer um agradecimento muito especial a Wirllon Soares da Barbearia Style que é grande apoiador desde o começo dessa minha trajetória e também ao Tiago Pereira, designer, que também apoia muito o meu trabalho.
Nunca vi um justo sem resposta e nem sua descendência mendigar o pão. O trabalho dignifica o homem.
Sejamos justos, honesto e respeitoso. Sejamos autênticos!
Veja vídeo/mensagem de Felipe Emanuel na página do Jornal VOZ no facebook!!!