Grande sucesso o 3º Fórum de Cultura

5 de outubro de 2020 10:56 580

Entre os dias 23 e 26 de setembro, a Mundo Cênico realizou o 3° Fórum Cultural com o tema “PERDÕES HISTÓRICA: Um desafio para o presente”. Dando continuidade às comemorações em honra aos 250 anos da Igreja Nossa Senhora do Rosário, o fórum foi um sucesso e contou com a participação especial dos ilustríssimos convidados, Michele Arroyo e Dom Miguel Ângelo, que trataram de assuntos de grande importância para a cidade de Perdões.
Neste ano, devido ao isolamento social, o fórum ocorreu de maneira virtual, através de Lives abertas para todo público, na página da Mundo Cênico no facebook. O “novo” meio de realização de encontros e bate-papos proporciona ao público um acesso mais facilitado a esse tipo de evento. As lives do fórum já somam mais de 2 mil visualizações.

Na noite de abertura do fórum, dia 23/09, contamos com a participação de Michele Arroyo, Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Durante a Live, Michele, com muita propriedade sobre o assunto, tratou do processo de inventariado do Centro Histórico de Perdões, que se encontra em análise pelo IEPHA/MG. Além disso, foi comentado o que é o ato do tombamento, de bens materiais e imateriais, e qual a importância dele para a comunidade perdoense. Ainda sobre o tombamento, Michele esclareceu quais são as obrigações e deveres de quem possui um patrimônio tombado e também as obrigações e deveres do Estado para com os patrimônios tombados.
Após a Live, ficou ainda mais claro que a preservação e conservação dos bens históricos materiais e imateriais se faz necessária e tanto a cidade como seus habitantes só têm a ganhar realizando tais práticas. Vários tabus e dúvidas acerca dos temas tratados foram esclarecidos e, com certeza, foi um bate-papo muito enriquecedor para todos.

A segunda noite do fórum ocorreu dia 25/09 e contou com a participação de Dom Miguel Ângelo, Bispo Diocesano de Oliveira/MG e Presidente da Comissão de Bens Culturais do Regional Leste 2 da CNBB. Dom Miguel abordou em suas falas temas relevantes para a cidade, como a importância da conservação da memória e o trabalho de preservação da Igreja Nossa Senhora do Rosário.
Ao comentar sobre a importância da preservação da memória para a história e cultura de uma região, Dom Miguel ressaltou que é importante “salvar o salvável”, ou seja, dar valor àquilo que ainda temos, que é precioso e fundamental para construção da identidade local. Ainda nesse contexto, Dom Miguel comentou sobre ações que a igreja realiza no âmbito de preservar e conservar os seus patrimônios.
Durante o bate-papo, foi possível perceber, através de Dom Miguel, que a igreja sempre se empenha em preservar os bens históricos, buscando o apoio de entidades públicas e, principalmente, da comunidade. Dom Miguel ainda mencionou as belezas históricas da cidade de Perdões e salientou que a preservação das mesmas depende do engajamento de toda a comunidade.

A terceira e última noite do fórum aconteceu dia 26/09, foi feita a transmissão de um Sarau Artístico, de realização da Mundo Cênico e direção artística de Bruno Costa. A gravação do Sarau foi feita dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário e teve como objetivo lembrar e reviver momentos da fundação e da história de Perdões.

A primeira parte do sarau traz as lembranças da segunda metade do século XVIII, tempo do ciclo do ouro, época da enaltecida estrada real. Em busca de seu perdão, por sonegar impostos da coroa na época da mineração, o fundador da cidade de Perdões, Romão Fagundes do Amaral, interpretado por Luís Márcio, mostra a sua esposa, interpretada por Juliana Pereira, um cacho de banana de ouro que enviará a D. Maria I em troca de seu perdão perante a coroa portuguesa.

Em seguida, é retratada pelos atores Marco Antônio, Carlos Eduardo e Lúcio Flávio a cultura dos escravos negros que passaram pelas terras de Perdões. Em homenagem a sua Santa Padroeira, Nossa Senhora do Rosário, com quem sempre podiam contar nos momentos mais obscuros, eles mostram sua devoção e fé ao enaltecê-la.

Por fim, no terceiro ato do Sarau, as gêmeas Jéssica e Joyce cantam canções consagradas, que retratam a jornada da cidade de Perdões. A primeira canção, “gente humilde”, de Chico Buarque, faz analogia às casas, às pessoas e à cidade, tudo simples e humilde, “quem vem de longe tem vontade de morar”. A segunda canção, “Vilarejo”, de Marisa Monte, faz analogia ao vilarejo que surgia, poucas casas, muito “verde” era visível, terra fértil e aconchegante para os visitantes. A terceira canção, “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, faz analogia às pessoas sonhadoras, que juntas construíram e desvendaram a cidade, com muita força, raça e fé. A quarta canção, “Desenredo”, de Boca Livre, faz analogia ao que a cidade se tornou e a todo o crescimento que surgia. Nos viajantes e turistas que chegavam ficava o receio de partir.
E, com todo esse enredo encenado, temos Perdões, uma cidade exuberante, que contempla mais de 250 anos de muita história e cultura. Hoje, cabe a nós a preservação de toda essa memória, para que ela não se perca com o passar do tempo.

Os bate-papos estão disponíveis na página do facebook e no canal do youtube da Mundo Cênico.

por Assessoria de Comunicação/Mundo Cênico

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