Imagens cedidas pela parada de ônibus não confirmam que houve tentativa de sequestro

30 de junho de 2017 8:55 1291

O delegado regional Marcelo Vilela Guerra e o delegado responsável por Ribeirão Vermelho, Ailton Pereira, convocaram a imprensa no final da tarde desta sexta-feira, dia 29, para falar sobre as primeiras investigações do caso de racismo e tentativa de sequestro narrado por uma mãe e que ganhou repercussão nacional.
A 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol) de Lavras é responsável pela investigação, uma vez que a mãe, Jamille Stephanie Sales Azevedo Adaes, afirmou que o fato aconteceu às margens da rodovia Fernão Dias, a BR-381, em uma parada de ônibus em Ribeirão Vermelho, no Graal, conhecido como Graal de Perdões.
A coletiva foi para passar para imprensa os primeiros andamentos da investigação. Os delegados informaram que o Graal, estabelecimento narrado pela mãe Jamille como sendo o local onde ocorreu o crime, forneceu as imagens de câmeras de monitoramento para a Polícia Civil. Em análise preliminar das imagens de 16 câmeras dispostas nas partes interna e externa da parada de ônibus, nenhuma delas confirmou o crime, pelo contrário, todas elas mostram um ambiente completamente normal, sem nenhuma intercorrência, sendo que algumas delas chegam a mostrar registros da mãe e sua filha andando pelo estabelecimento, sem nenhuma anormalidade.
Os delegados disseram que ainda não há conclusões, pois as imagens ainda passarão por perícia para constatação de que não foram violadas. Mas que a princípio, diante da análise preliminar, não é possível a comprovação de que ocorreram os fatos narrados pela Jamille.
A Polícia Civil esteve no estabelecimento e conversou com o gerente e vários funcionários e todos eles foram categóricos ao afirmarem que nada de anormal ocorreu ali naquele dia, mas cada um deles será intimado a prestar depoimento formal na delegacia de Lavras.
O motorista do ônibus, apontado pela mãe como testemunha, também será ouvido, assim como Jamille, que deverá vir a Lavras na próxima semana para depor.
Os delegados deixaram claro, na coletiva, que ainda não há nenhuma conclusão e que apenas estavam passando o que foi apurado até o momento. O inquérito tem 30 dias para ser concluído.
O gerente do Graal de Perdões reafirmou que nada disso aconteceu. Ele informou, ainda, que o motorista envolvido no caso tinha acabado de fazer uma parada naquele estabelecimento e confirmou que não existiu nada do que está sendo narrado por Jamille. O gerente disse que o departamento jurídico da rede emitirá uma nota sobre o caso amanhã.


Fonte: www.jornaldelavras.com.br 

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