Os Trabalhadores protestaram contra reformas trabalhista e da Previdência.
Sindicatos e servidores públicos fizeram protestos e paralisações na última quarta-feira (15) contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Temer. Em várias capitais os transportes públicos pararam, e vias foram bloqueadas. Em alguns estados, como Pernambuco e Rio Grande do Norte, professores da rede pública decretaram greve por tempo indeterminado.
Em Minas Gerais, na capital e região metropolitana os centros de saúde, escolas municipais e estações de metrôs ficaram fechados. Algumas escolas privadas também não tiveram aulas. A limpeza urbana ficou parada por um dia. Às 9h10, petroleiros protestaram em frente à Refinaria Gabriel Passos. Um protesto contra a reforma da Previdência começou na Praça da Estação, durante a manhã, ocupando a Praça Sete e chegando à Assembleia Legislativa por volta das 12h15.
Também houve ato no km 483 da Rodovia Fernão Dias, em Betim, que foi liberado às 8h10min.
No interior, alguns serviços em Uberaba e Uberlândia, como bancos, Correios e escolas municipais e estaduais, foram interrompidos. Uberlândia também teve um ato nesse dia contra a reforma da Previdência. Escolas nas regionais de Varginha, Poços de Caldas e Pouso Alegre ficaram sem aulas. Em Juiz de Fora, manifestantes ocuparam a Praça da Estação pela manhã. Organizadores falam em 30 mil participantes; a PM não divulgou estimativa. Houve também protesto em Governador Valadares, Montes Claros e São Francisco.
PERDÕES
Na manhã de 15 de março, professores de Perdões uniram forças numa manifestação pelas ruas do Centro da cidade contra a reforma da Previdência proposta pelo Governo.
Os professores destacaram que essa manifestação não é apenas para os professores , mas para toda a classe trabalhadora.
Professores da rede municipal e estadual foram às ruas para lutar contra a aprovação da reforma trabalhista e da Previdência.
Em frente ao Supermercado Rex, na Rua Governador Valadares, com um megafone a professora Lysia Fernandes em nome dos professores expressou: ‘‘Estamos fazendo uma paralisação geral, a nível nacional contra a reforma da Previdência, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação contra todas as reformas que prejudicarão os trabalhadores, as trabalhadoras, seus filhos, suas famílias e os aposentados também.’’
Em Perdões como exemplo de que essa reforma poderá prejudicar, publicamos o depoimento de uma professora de Perdões:
‘‘ Eu sou Elizângela Antônia Arriel de Castro, professora da Rede Municipal e Estadual de Ensino.
Trabalho há 22 anos em Perdões como professora e, anteriormente já havia trabalhado por 3 anos como docente em Santo Antônio do Amparo, somando assim, 25 anos de contribuição.
Atualmente, tenho 42 anos, assim, de acordo com alei vigente, que é de 25 anos trabalhados e 50 anos no mínimo de idade, faltaria apenas completar a idade mínima, já que tenho os 25 anos trabalhados.
Com a aprovação da Reforma, além do tempo trabalhado, terei que trabalhar mais 23 anos, até completar os 65 anos exigidos pela nova lei.
Defendo aqui os direitos de todos os trabalhadores, especialmente os professores que passam por um desgaste físico e emocional imenso, não tendo condições de ultrapassar os 25 anos já determinados por lei.’’