“Música, praça e poesia”: uma iniciativa de desenvolvimento econômico e cultural em Perdões

22 de maio de 2017 9:52 2234

A palavra“Ágora” vem do grego e diz respeito a uma reunião de qualquer natureza em praça pública, onde os filósofos se agrupavam para discutir temas relevantes para a cidade. Resgatando-se asbruno práticas gregas, o projeto “Música, Praça e Poesia”, idealizado pelo Rodrigo Carvalho Lima, tem a intenção de levar um desenvolvimento cultural e econômico para a cidade de Perdões.
Ágora, se traduz como “discussão ou uma tomada de decisões”. Resgatando-se esse significado, o projeto “Música, Praça e Poesia” tem o intuito fundamental na construção do espaço urbano da cidade; assim como na época da Grécia Antiga. Tomando aquele significado da palavra Ágora em sua origem, o projeto idealizado em Perdões tem o intuito de ajudar no desenvolvimento econômico e cultural da cidade. A Ágora, tinha um importante papel na constituição da democracia da Grécia antiga e na política da cidade e, nesse sentido, o projeto que está sendo realizado periodicamente na “Praça da Matriz”, além da qualidade musical, é lá que também pode-se manifestar as opiniões políticas e coisas que tais.
Nesse sentido, darmos certa visibilidade a esse projeto projeto, torna-se fundamental para algumas cadeias de produção e, que sem dúvidas, são importantes para alcançar um desenvolvimento local. Em se tratando de desenvolvimento cultural, temos a oportunidade de ouvir músicas de qualidade, apreciar uma boa literatura e poder participar de recitais de poesia; coisas que aconteciam na “Ágora” antiga. Em relação ao desenvolvimento econômico, pode-se pensar que é um importante motor para aquecer a economia local, uma vez que, ele irá fazer a “engrenagem” se mover. Já que todos ganham com tal iniciativa: o dono do bar, o dos brinquedos infantis, o vendedor de picolé (se for verão); o de água; o que faz comida; o reciclador e a todos aqueles que estão disposto a isso.
E pensemos, todos esses que tiveram seus ganhos com o projeto, com certeza, agora que possuem uma renda, irão gastá-la nos comércios da cidade. Indo na segunda-feira fazer suas compras. E isso se assemelha um pouco ao programa bolsa família, onde se injeta dinheiro na ponta da economia e, o que irá fazer com que a máquina econômica se mantenha aquecida.
Esse projeto deve ser implementado como uma política da cidade e ser apoiada e, não como uma política de governo municipal, por isso o seu carátér independente. Pode-se pensar até mesmo que muitos não sobem até a praça, porque não há banheiros públicos para se usar, mas ORA! em baixo do coreto há banheiros; mas ficam trancados. E aqui, pode-se ver a falta do interesse pelo projeto. Há patrocinadores desse, que estão vendo o seu caráter econômico e cultural e, estão já preocupados em ajudar a mantê-lo e, que apesar de ser gratuito, há um gasto mínimo.
Assim, um bom incentivo e divulgação desse projeto, sem sombra de dúvidas, é um importante motor para nossa economia, mas que infelizmente muitos o tem como um incômodo.
*Filósofo pela Universidade Federal de Ouro Preto
Analista Internacional pela Universidade Federal do Pampa

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