Houve um tempo em que deitar no quintal, vislumbrar as figuras formadas nas nuvens e conversar sozinha, exercitava a imaginação, coisa de criança, pura emoção.
Houve um tempo em que rir à toa era fácil e sinônimo de alegria, afinal na juventude tudo era divertido e valia.
Houve um tempo em que a responsabilidade pesou e o riso fácil formou marcas de expressão, com a vida adulta vem preocupação.
Houve um tempo em que o sorriso se misturou às lágrimas de emoção ao ouvir o primeiro choro, acalento para alma e para o coração.
Houve um tempo em que ensinar, orientar e se dedicar a vida que nasceu era prioridade, aflorada estava a maternidade.
Houve um tempo em que a estabilidade perdurou e a acomodação era o conforto, alcançado e desejado.
Houve um tempo em que o estranho tempo chegou e tudo ele modificou.
Houve um tempo em que novos tempos se fizeram necessários e novos desafios foram experimentados.
Houve um tempo em que ficou fácil compreender que o tempo é dividido em períodos, é curto, voa como vento, passa sem se ver, é precioso e imprescindível sabê-lo viver.
por Jeane Lima