Em 2016, o fantasma do desemprego voltou a assustar os brasileiros. Muitas empresas estão fechando as portas e, consequentemente, demitindo. Será o fim do mundo?
Na contramão desse cenário que assusta estão as empresas ligadas ao agronegócio. “A balança comercial do agronegócio em São Paulo por exemplo, gerou superávit de US$ 4,10 bilhões no primeiro quadrimestre de 2016, alta de 37,6% ante o total de US$ 2,98 bilhões de igual período de 2015, informou o Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria Agricultura do Estado de São Paulo.”
Com o crescimento do agronegócio, por que o brasileiro não investe no cooperativismo? O que sabemos é que “o desenvolvimento da agricultura familiar implica o desenvolvimento do cooperativismo. A sabedoria popular ensina que a união faz a força. Quando as pessoas se unem em torno de objetivos comuns, os desafios e dificuldades podem ser superados. Além do aspecto econômico e da produção, o cooperativismo estimula valores e práticas vinculadas à solidariedade e à construção da democracia a partir das bases e do cotidiano das pessoas. O cooperativismo agrega valor à agricultura familiar através da agroindústria, acesso aos mercados, comercialização. Mas afinal, você sabe o que é cooperativismo??!
E o perfil empreendedor do brasileiro?
Em 2015, cerca de 52 milhões de brasileiros estavam envolvidos na criação ou na manutenção de seu próprio negócio. Segundo dados do Grupo Ornatus, esse montante é composto por 21% de empreendedores nascentes e 18,9% de empreendedores já estabelecidos e a maioria esteve motivada pela necessidade, e não pela oportunidade. Diante do quadro de recessão econômica e da criatividade do brasileiro, essa resposta seria natural. Será que esses empreendedores estão encontrando o respaldo necessário para o desenvolvimento dos negócios?!
Em 2015 foi criado o Movimento Compre do Pequeno Negócio. Você ficou sabendo? Nós somos mais de 10 milhões de micro e pequenas empresas em todo o Brasil, além de 5 milhões de microempreendedores individuais e 5,2 milhões de produtores rurais. Diante deste cenário, penso que uma das formas de sairmos dessa recessão é valorizarmos a nossa região.
Você concorda que, muito provavelmente, o emprego que você busca está na sua cidade, na sua região? Uma das formas de aumentarmos as vagas é se as empresas se fortalecerem.
Existem outros fatores que levam a criação de novos empregos, como políticas públicas. Mas, esse é um tema para um próximo texto.
Quem quiser ler um pouco mais sobre as informações acima, basta acessar:
http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2016/05/balanca-comercial-do-agronegocio-registra-superavit-de-uss-7-bi-em-abril
http://www.sebraesp.com.br/index.php/172-produtos-online/inovacao/publicacoes/guias-e-cartilhas/16767-movimento-compre-do-pequeno
https://catracalivre.com.br/geral/negocio-urbanidade/indicacao/campanha-do-sebrae-traz-5-razoes-para-voce-comprar-em-um-pequeno-negocio/
Kelly Torres
Professora e Consultora Educacional e de Empresas
Lavrense. Mestre em Administração com experiência nas áreas de produção de móveis em madeira de demolição e consultoria de empresas. Professora da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e do Instituto Presidente Tancredo de Almeida Neves (IPTAN). Consultora Educacional parceira do Instituto Prominas na microrregião de Lavras e São João Del Rei.
