29 de junho de 2021 – manhã fria, triste até…pela partida desse amigo das pessoas que tiveram a oportunidade e o privilégio de conhecer o Sr.Onofre Soares da Silva.
Hoje peço licença para relatar a você, leitor(a) como conheci esse ser humano que com suas palavras me incentivou e mostrou o verdadeiro valor de uma amizade.
Eu o conheci em 1998, quando ia abastecer o seu veículo no posto em que eu era gerente. Conversava com os frentistas, comigo, e sempre tinha uma palavra de positividade.
Em 2004 com a fundação do Jornal VOZ, passei a vê-lo nos eventos com a sua potente voz no Coral Artencanto.
Não tínhamos contato diário, mas quando nos víamos na rua ou nos eventos, após os cumprimentos, ele sempre tinha uma palavra de incentivo e respeito humano.
Fez pequenos anúncios, algumas vezes, em nossas páginas, mas em julho de 2018, procurou-nos para publicar a história da sua empresa LOCASOL.
Eu disse que publicaria com alegria. Perguntou o preço da publicação. Respondi que seria um presente. Ele não quis. Disse-me que fazia questão de publicar em nosso jornal pela sua credibilidade, mas queria pagar sim, pois afinal, esse era o nosso trabalho.
Apenas o texto, o seu relato, sem fotos. Insisti para que colocasse a logomarca e o endereço da empresa no lugar das fotos.
E assim foi: a logomarca colorida na capa do jornal e o texto publicado na destacada página 3.
Três anos depois ele parte para outro Plano, e relendo o seu texto, com emoção, compartilho nessa edição com vocês, leitores e leitoras, como forma de homenagear esse ser humano que escreveu sua história de lutas, vitórias e construções.
(aliás o título do texto que ele escreveu, pediu que eu desse o título, a manchete, eis: Uma história de lutas, vitória e construções.)
Uma história de lutas, vitórias e construções
Conheça através das palavras do Sr.Onofre Soares da Silva a história dessa
empresa que está ajudando a construir a nossa querida Perdões
Em abril de 1992, recebi a portaria de aposentadoria, fiquei mais 180 dias até que arrumassem outro que me substituísse na repartição do DNER (DNIT). Então estava fazendo a restauração da ponte do Rio Grande no KM629 da BR381 e o serviço estava sendo feito pela Cia. ”Jato Frete”.
Havia necessidade de fazer uma expansão na laje, tínhamos que providenciar escoras de madeira para o serviço, e falei com o encarregado da firma, Sr.Joaquim, e o mesmo disse: ‘Amanhã virá uns macacos para escorar a laje.’ Fiquei com o pé atrás, pensando: ‘Que macaco é esse?’ Então chegaram as escoras metálicas.
Neste instante comecei a pensar na possibilidade de um passatempo, mas a onda passou. Com o decorrer do tempo voltei a pensar e comecei a me informar com pessoas do ramo em outras cidades, e pensando que mais tarde ia acontecer o presente – meio ambiente, rapidez na mão de obra, etc.
Decidi assim dar o primeiro passo, mas para isso precisava de 100 escoras, mais 50 peças de andaimes e uma condução. Era dinheiro demais na época, cerca de R$8.000,00 a R$10.000,00, aproximadamente. Aí o projeto foi por água abaixo, entretanto tive um sonho de que o que eu pensava iria dar certo. Passei o resto do dia pensando o que seria, mas Deus sempre está ao lado daquele que o socorre, sai perambulando pelas ruas de Perdões e encontrei o Aluísio Pereira, logo contei a história para ele. Ele me disse que tinha umas peças de andaimes paradas e me ofereceu para levar e poder iniciar, porque elas estavam sendo danificadas por estarem paradas, mas como não tinha dinheiro suficiente para pagá-lo, o mesmo sugeriu que eu pagasse o aluguel até ver o que poderíamos fazer.
Então iniciei a caminhada, a minha primeira ajudante foi minha irmã ”Tia São” (Maria da Conceição Soares da Silva), depois vieram Paulo Henrique, meu neto; Pablo e Fabrício – a locadora era no quintal de minha casa (Travessa da Santo Antonio, nº12 – Vila Nova), trazendo desconforto à vida diária, mas com a mão de Deus sempre à frente fomos aumentando os materiais aos poucos, tirei empréstimo do meu vencimento (pago por muito tempo), troquei meu carro de passeio por uma caminhonete Pampa.
O serviço foi aumentando e não dava para trabalhar sozinho, o meu filho Wagno trabalhava no Hotel Elacom durante a noite e durante o dia ele me ajudava. Assim, as coisas foram tomando outros rumos até que ele passou a dedicar o seu tempo integral à locadora juntamente com mais 4 funcionários – Ana Maria, Fabrício, Lucas e Adriano.
Hoje contamos com uma equipe de 10 funcionários, sendo eles: Wagno, Ana Maria, Tamirys, Tayná, Giovane, Sidney, Willian, Samuel, Joel e Daniel.
Depois de 17 anos de luta, graças a Deus, temos a nossa própria Sede – LOCASOL (Locadora Soares Ltda.-ME), situada na Rua Hélio Moreira de Alvarenga, 44, Cohab II, com mais variedades de materiais para construção atendendo Perdões e região, procurando melhorar cada dia mais para a satisfação de nossos clientes, e não esquecendo de agradecer os nossos amigos oficiais da construção civil – pedreiros, serventes, pintores, carpinteiros, engenheiros, etc. Junto com eles estamos ajudando a construir a nossa querida Perdões.
Venha nos conhecer!
Finalizo com essa mensagem, a qual compartilho com todos os leitores, clientes e amigos:
‘‘Há três coisas na vida, que quando passam não voltam: o tempo, as palavras, as oportunidades.
Existem na vida três coisas que podem levar à destruição: a inveja, o orgulho e o ódio.
Há três coisas que nunca devemos perder: a fé, o amor e a esperança.
Existem três coisas de grande valor na vida: a humildade, a sinceridade, a amizade.
Existem três coisas que formam o nosso caráter: o respeito, o compromisso e os valores familiares.
Existem três pessoas que te amam, mesmo que não entendas e nunca te deixarão só:
OS PAIS, OS FILHOS E O CRIADOR.”
(publicado na Edição 710 do Jornal VOZ – 28 de julho de 2018)
