Saúde leva ao Carnaval de Minas Gerais campanha de prevenção às DSTs

8 de fevereiro de 2016 10:13 2816

O Homem Camisinha, personagem criado pelo Ministério da Saúde para as ações deste ano, anima as festas de rua de Belo Horizonte e Ouro Preto

O Carnaval de rua de Minas Gerais terá este ano a participação do Homem Camisinha, personagem criado pelo Ministério da Saúde para a campanha deste ano de prevenção ao HIV, aids e doenças sexualmente transmissíveis. O personagem estará neste sábado (07) em Belo Horizonte levando mensagens de prevenção e distribuindo camisinhas aos foliões mineiros. A ação integra a campanha de prevenção com foco no carnaval, cujo slogan é “Deixe a camisinha entrar na festa”. No domingo, o personagem estará animando os foliões de Ouro Preto. Nessas ações, além de material informativo sobre prevenção serão distribuídas 573 mil camisinhas (212 mil em Ouro Preto e 361 mil em Belo Horizonte).
O objetivo da campanha do Ministério da Saúde para a folia de 2016 é reforçar a importância do preservativo como instrumento de evitar a contaminação, por via sexual, pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. O Homem Camisinha, um ator devidamente caracterizado, vai circular entre escolas de samba, blocos e trios elétricos de Recife, Olinda, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Ouro Preto. Ao lado disso, o Ministério da Saúde prevê distribuir 5 milhões de preservativos durante a festa, inclusive na forma de dispensers instalados em bares selecionados. A campanha também estará presente em transportes coletivos, TV, rádio e redes sociais.
De acordo com os dados mais atualizados do Ministério da Saúde, em 2015 o Brasil bateu recorde de pessoas em tratamento com antirretrovirais, e alcançou a marca de 91% das pessoas em tratamento com carga viral indetectável no organismo – o que significa que essa população não mais transmite o vírus para outras pessoas. “O número de pessoas em tratamento representa um recorde histórico. Nunca tanta gente começou a se tratar em um só ano. Isso significa que a campanha realizada pelo Ministério da Saúde no último ano, a #PartiuTeste, funcionou, assim como a campanha do Dia Mundial e as ações que desenvolvemos no âmbito do Programa Nacional de DST, Aids e Hepatite Virais”, comemora o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, Fábio Mesquita.
OS NÚMEROS NO ESTADO – Em 2015, até 30 de outubro, 33.573 pacientes estavam em tratamento com medicamentos antirretrovirais em Minas Gerais, um percentual que já era 67% superior ao total de mineiros em tratamento durante todo o ano de 2010 (20.092).
Os casos registrados de Aids no estado foram 2.765 em 2014. Isso representa uma taxa de detecção (casos para cada grupo de 100 mil habitantes) de 13,3 em 2014. Em relação à mortalidade, foram registrados 852 óbitos no estado em 2014, com coeficiente de mortalidade de 3,7 casos de óbitos a cada 100 mil habitantes.
Em 2015 foram distribuídos pelo Ministério da Saúde 543,8 mil testes rápidos de HIV para Minas. O estado também recebeu 28,7 milhões de preservativos masculinos e 255 mil femininos. Desse total, 8,1 milhões de preservativos masculinos e 150 mil femininos foram destinados apenas para a capital Belo Horizonte.
TESTAGEM E TRATAMENTO – A campanha de Carnaval deste ano reforça o preservativo como a mais importante arma de combate ao HIV e aids, trabalhando a mensagem de prevenção nas ações pré-carnaval e durante as festas. Entre as peças estão filme, jingle para veiculação em rádios e versão estendida da música para os trios elétricos e carros de som. Foram investidos cerca de R$ 14 milhões na iniciativa.
O diferencial da campanha deste ano é que, a partir da Quarta-Feira de Cinzas, serão distribuídos folhetos nos postos de saúde e outdoors sobre a profilaxia pós-exposição (PEP). Dessa forma, no período pós-Carnaval, o Ministério continuará incentivando a testagem e o tratamento para os casos de sorologia positiva, completando assim, o tripé da prevenção.
Atualmente a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,7 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de aids no Brasil – em 1980 –, até junho de 2015, foram registrados no país 798.366 casos de aids.
Agência Saúde

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