Dos tempos de criança, guardo viva na lembrança o sabor da broa de fubá. Para chegar até esse momento existia todo um ritual desde o milho que vovó semeou na terra, que cresceu, que ela mesmo colheu, moeu no moinho de pedra, e fez esse fubá. Um alimento que apresenta inúmeras possibilidades de receitas e com certeza quantas vezes saciou a fome dos filhos e netos seja por meio de uma canjiquinha, uma broinha, farinha, angu. Qualquer um desses arranca hummm de saudades.
Na época da minha avó, esta “quitanda” estava sempre presente no café dos trabalhadores da roça acompanhada de um cafezinho e uma boa prosa. Além de muito gostosa essa broa na folha de bananeira é fácil de preparar em grandes quantidades, seus principais ingredientes eram abundantes na propriedade e para o trabalhador proporcionava à saciedade necessária para continuar a jornada diária.
Impossível também não pensar que sua receita já tinha sido da sua mãe, da sua avó, e assim sucessivamente. A herança familiar na agricultura familiar é algo transcendente e traz para geração atual um legado sentimental. Com o João Deitado feito por Luciana Arriel (Associada da Amagri).
Se você deseja saber sobre essa receita acesse o facebook do Departamento de Cultura e Turismo de Perdões, dia 16/08.
por Jucilaine N S Wivaldo e Luciana Arriel
